Mobilização contra
Aedes exige engajamento da população, diz Aldo Rebelo
O ministro da Defesa, Aldo Rebelo, e o Chefe do Estado-Maior
Conjunto das Forças Armadas,
Ademir Sobrinho, em coletiva sobre a mobilização contra o
mosquito
(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Ao comentar a grande mobilização
de combate ao mosquito Aedes aegypti e ao vírus Zika, o ministro da Defesa,
Aldo Rebelo, disse na tarde de hoje (13) que não há possibilidade de êxito se
não houver o engajamento das famílias.
“Os principais criadouros estão
dentro das residências. Se as pessoas não dedicarem um tempo, mesmo que
pequeno, por dia, para remover das residências os possíveis criadouros, a
campanha terá dificuldade de alcançar a eficácia e cumprir seu objetivo. A
campanha contra o mosquito exige um grau de mobilização das instituições
públicas e da sociedade”, disse o ministro.
Rebelo informou que não é
possível fazer um balanço da ação que ainda está em curso, mas que na
segunda-feira (15) deverão ser divulgados os resultados da campanha.
Segundo o ministro, 220 mil
integrantes das Forças Armadas junto com agentes de saúde devem visitar, neste
sábado, cerca de 3 milhões de casas em 353 municípios.
O almirante Ademir Sobrinho,
chefe do Estado Maior do conjunto das Forças Armadas, destacou que a meta da
ação está sendo atingida. “Que a população sinta que ela também tem uma
responsabilidade pela saúde da sua família e a do vizinho”.
O Ministro da Defesa, Aldo Rebelo, durante entrevista
coletiva sobre o Dia Nacional
de Mobilização contra o mosquito aedes aegypti
(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Segundo o almirante, a população
está mobilizada, e muitos já sabem como eliminar os focos do mosquito. “Sem a
participação da população, não conseguiremos atingir o grande objetivo, que é
reduzir drasticamente a incidência das doenças transmitidas por esse mosquito”.
Durante a ação, os militares
entregam panfletos e, junto com os agentes de saúde dos estados, conversam com
a população sobre a importância de não manter criadouros do mosquito em suas
casas. Em algumas situações podem ser aplicados larvicidas em depósitos de água
nas residências, como caixas d'água. As cidades foram escolhidas de acordo com
os critérios de incidência do mosquito e da presença de apoio militar.
A presidenta Dilma Rousseff, que
participou da campanha no Rio de Janeiro, deslocou seus ministros a vários
estados para participarem ativamente da mobilização. O ministro da Saúde,
Marcelo Castro, viajou para Salvador, e o chefe da Casa Civil, ministro Jaques
Wagner, para São Luís. Nelson Barbosa, da Fazenda, visitou Belo Horizonte e José
Eduardo Cardozo, da Justiça, seguiu para Fortaleza.
Próximas ações
Estão agendadas para os próximos
dias mais ações de combate ao Aedes aegypti. De 15 a 18 de fevereiro, 55 mil
integrantes das Forças Armadas, junto com agentes de saúde em mais de 100 municípios,
vão visitar residências para eliminar focos do mosquito e aplicar produtos
químicos para inibir sua reprodução.
Do próximo dia 19 a 4 de março,
as ações serão nas escolas, em uma parceria entre os ministérios da Defesa e da
Educação.
Segundo o ministro Aldo Rebelo,
as Forças Armadas estão empregando R$ 136 milhões para todas as etapas da
campanha de mobilização.
Banco do Brasil
As ações de vistoria contra o
Aedes aegypti feitas pelo Banco do Brasil hoje abrangeram instalações de 1,3
mil Associações Atléticas Banco do Brasil (AABBs) em todo o País. Nos últimos
15 dias, os funcionários do banco também fizeram vistorias em quase 6 mil
dependências do Banco do Brasil, tanto interna quanto externamento.
A Fundação Banco do Brasil, está
com iniciativas para combater o mosquito com o uso de tecnologias sociais –
conjunto de técnicas e metodologias simples, de baixo custo, desenvolvidos em
interações com comunidades. Uma delas iniciativas é o Projeto Dengoso, que
envolve tecnologia desenvolvida pela Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária (Embrapa), do Piauí, e que consiste na utilização de peixes para o
controle e redução de larvas do mosquito. A eficiência no controle das larvas
nos locais povoados e com adaptação dos peixes é 100%.
O presidente do banco, Alexandre
Abreu, participou do Dia Nacional de Mobilização contra o Aedes Aegypti no
Guarujá (SP).
Emergência internacional
No início do mês, a Organização
Mundial da Saúde (OMS) declarou emergência internacional de saúde pública em
virtude do aumento de casos de microcefalia associados à contaminação pelo
Zika.
Transmitido pelo mosquito Aedes
aegypti, mesmo transmissor da dengue e da febre chikungunya, o vírus Zika
provoca dor de cabeça, febre baixa, dores leves nas articulações, manchas
vermelhas na pele, coceira e vermelhidão nos olhos. A grande preocupação, no
entanto, é a relação entre o Zika e a ocorrência de microcefalia em bebês.
De Brasília, Ana Cristina Campos –
Repórter da Agência Brasil, 14/02/2016, às 07h46
Nenhum comentário:
Postar um comentário