Rito Temer-Anastasia
ameaça sucesso da Rio 2016
A manchete do jornal Estado de S.
Paulo desta quinta-feira informa que o presidente interino Michel Temer pretende
votar a saída definitiva da presidente Dilma Rousseff até agosto. O objetivo do
governo provisório é cristalizar o impeachment e fazer com que os Jogos
Olímpicos de 2016 sejam o início de um ponto de virada no País.
No entanto, o calendário definido
pelo relator Antônio Anastasia prevê que a votação ocorra no dia 2 de agosto,
ou seja, apenas três dias antes da abertura oficial da Rio 2016.
Neste período, evidentemente,
toda a imprensa internacional estará no Brasil e a data será explorada por
opositores do governo provisório para a realização de grandes protestos e
manifestações – o que poderá gerar, num regime provisório, reações violentas,
com pesada repressão policial.
Se isso vier a ocorrer, o que no
cenário atual seria altamente provável, a imagem do Brasil seria manchada pelas
próximas décadas – e não semanas, meses ou anos. Especialmente, porque para a
grande maioria da imprensa internacional que merece ser levada a sério, o que
inclui New York Times, Guardian, El Pais, Der Spiegel ou Die Zeit, o que
ocorreu no Brasil foi um golpe parlamentar, comandado por políticos corruptos –
como revelam, por exemplo, os áudios gravados por Sérgio Machado, ex-presidente
da Transpetro.
Permitir que se abrisse um
processo de impeachment sem crime de responsabilidade, às vésperas de uma
Olimpíada, a primeira da América do Sul, já foi uma grande irresponsabilidade
da elite política e econômica do Brasil. Votar o afastamento definitivo da
presidente Dilma Rousseff três dias antes da abertura dos Jogos seria uma irresponsabilidade
ainda maior.
De São Paulo, Brasil 247, 28/05/2016
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