Assembleia de SP aprova
CPI para investigar irregularidades na merenda escolar
Em sessão extraordinária, os
deputados da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) aprovaram na noite de
ontem (25) um projeto de resolução que permite a instalação da Comissão
Parlamentar de Inquérito (CPI) da Merenda.
A CPI vai investigar os contratos
firmados por cooperativas de agricultura familiar e empresas privadas para o
fornecimento de merenda para escolas do governo estadual e dos municípios. A
ação de agentes públicos e políticos no esquema, que já é alvo de investigação
pelo Ministério Público, na Operação Alba Branca, também será investigada pela
comissão.
A votação do projeto de resolução
foi necessária porque o regulamento da Casa prevê o funcionamento simultâneo de
cinco CPIs e já havia esse número em tramitação na Alesp.
A CPI da Merenda deverá ser
composta por nove deputados e deve durar 120 dias.
Ocupação
No começo de maio, a Alesp foi ocupada durante
três dias por estudantes secundaristas que cobravam a criação da CPI. Dias após
a reintegração de posse, os deputados decidiram assinar e protocolar o
requerimento que pedia a instalação da CPI da Merenda. No entanto, ainda era
necessária a aprovação do requerimento, o que só ocorreu hoje, em plenário.
Operação Alba Branca
A operação Alba Branca foi
deflagrada no dia 19 de janeiro. A Polícia Civil e o Ministério Público
Estadual de São Paulo investigam um esquema de fraude na compra de alimentos
para merenda escolar de prefeituras e do governo paulista. Segundo o Grupo de
Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Ribeirão Preto,
entre 2013 e 2015, as fraudes nas contratações da merenda chegaram a R$ 7
milhões, sendo R$ 700 mil destinados ao pagamento de propina e comissões
ilícitas. O presidente da Alesp, deputado Fernando Capez (PSDB), é um dos
investigados na operação.
De São Paulo, Elaine
Patricia Cruz - Repórter da Agência Brasil, 25/05/2016 20h50, atualizada em
26/05/2016.
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