Fracasso de Temer
arrasta junto a mídia familiar
O governo provisório de Michel
Temer é um fracasso de público e de crítica. De acordo com uma pesquisa Ipsos,
divulgada nesta terça-feira pelo Valor Econômico, apenas 16% dos brasileiros
querem que ele continue até 2018.
O que é mais espantoso é que
Temer tenha uma rejeição tão alta, mesmo contando com a subserviência da mídia
familiar brasileira. Sócios no impeachment sem crime de responsabilidade contra
a presidente eleita Dilma Rousseff, ou seja, do golpe, os barões da imprensa
brasileira têm feito contorcionismos para justificar seus posicionamentos, que
os distanciam cada vez mais dos leitores.
Quem mais manchou sua
credibilidade até agora foi o grupo Folha, de Otávio Frias Filho, que tentou manipular
uma pesquisa, forçando a barra para dizer que 50% dos brasileiros querem Temer
até 2018, quando se sabe agora, pelo Ipsos, que o número real é de apenas 16%.
Outro pilar fundamental do golpe,
o grupo Globo, tem encontrado cada vez mais dificuldades para defender Temer,
quando se constata que o governo provisório é responsável por uma das maiores
farras fiscais da história do País, justamente para tentar comprar apoio de
senadores e de castas privilegiadas do funcionalismo ao golpe. Nesta terça, em
editorial, o Globo, de João Roberto Marinho, reconheceu que Temer "eleva
gastos, em vez de contê-los".
Por último, o mais assumidamente
golpista dos jornais brasileiros, o Estado de S. Paulo, liderado por Francisco
Mesquita Neto, defendeu, em editorial, que o golpe seja mantido até 2018, mesmo
que essa não seja a vontade do povo brasileiro.
Sócia desse processo político
perverso, a imprensa brasileira se divorcia cada vez mais dos leitores.
De Brasília, Brasil 247, 26/07/2016
Onde beleza e elegância se encontram!
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