Machado apresentará
novas provas ao STF
A defesa do ex-presidente da
Transpetro Sérgio Machado informou hoje (1º) ao Supremo Tribunal Federal (STF)
que vai apresentar novas provas para serem anexadas aos depoimentos de delação
premiada prestados por ele na Operação Lava Jato.
Na petição, a defesa informa que
Machado está levantando dados complementares aos depoimentos prestados e pede
mais 20 dias para finalizar o trabalho.
O acordo assinado por Machado com
a Procuradoria-Geral da República diz que novas informações podem ser apresentadas
pelo delator em 60 dias, mas não especifica o período inicial da contagem do
prazo. Por esse motivo, os advogados pediram autorização do ministro Teori
Zavascki, responsável pelos processos da Lava Jato no STF, para anexar novas
provas.
Machado ficou no comando da
subsidiária da Petrobras de 2003 a novembro de 2014. Ele disse que políticos
indicavam aliados para cargos em empresas estatais para conseguir “o maior
volume possível de recursos ilícitos tanto para campanhas eleitorais quanto
para outras finalidades”. Segundo Machado, a função dos diretores indicados era
administrar as empresas e “arrecadar propina para os políticos que os
indicaram”.
Nos depoimentos, o ex-presidente
da Transpetro disse que repassou propina para mais de 20 políticos de vários
partidos. Em outro depoimento, ele afirmou que foram repassados ao PMDB “pouco
mais de R$ 100 milhões”, que tiveram origem em propinas pagas pelas empresas
que tinham contratos com a Transpetro.
De acordo com os termos do acordo
de delação, divulgados hoje, após decisão de Zavascki, Sérgio Machado vai
devolver R$ 75 milhões. Desse total, R$ 10 milhões deverão ser pagos 30 dias
após a homologação, que ocorreu no mês passado, e R$ 65 milhões parcelados em
18 meses. Por ter delatado os supostos repasses de recursos da Transpetro para
políticos, Machado vai cumprir pena em regime domiciliar diferenciado.
De Brasília, André Richter, da Agência
Brasil, 01/07/2017, às 21h02
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