Calero diz que Temer também o pressionou a liberar obra ilegal
Não foi só Geddel Vieira Lima que pressionou o
ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero, a liberar uma obra ilegal em Salvador,
que agride o patrimônio histórico da capital baiana.
Em seu depoimento à Polícia Federal, Calero afirmou
que Michel Temer também o pressionou a liberar o espigão de 107 metros de
altura, onde Geddel tem um imóvel de R$ 2,4 milhões.
Eis um trecho de seu
depoimento:
"Que na quinta, 17, o depoente foi convocado
pelo presidente Michel Temer a comparecer no Palácio do Planalto; que nesta
reunião o presidente disse ao depoente que a decisão do Iphan havia criado
'dificuldades operacionais' em seu gabinete, posto que o ministro Geddel
encontrava-se bastante irritado; que então o presidente disse ao depoente para
que construísse uma saída para que o processo fosse encaminhado à AGU
[Advocacia-Geral da União], porque a ministra Grace Mendonça teria uma solução
(...) Que, no final da conversa, o presidente disse ao depoente 'que a
política tinha dessas coisas, esse tipo de pressão'".
Apesar de todas as evidências de que Geddel agiu em
interesse próprio, Temer decidiu blindá-lo.
Hoje, o jornal O Globo, um dos principais
responsáveis pelo golpe parlamentar de 2016, pediu a demissão de Geddel, o que
deixa no ar uma dúvida: pedirá de Temer também?
De Brasília, Brasil 247, 24/11/2016, às 19h54


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