Odebrecht entrega provas da megapropina de Temer
A
Odebrecht apresentou aos investigadores da Lava Jato os extratos que
comprovariam o pagamento da propina de US$ 40 milhões, equivalentes a R$ 126
milhões, acertada numa reunião presidida por Michel Temer, com a presença de
Eduardo Cunha e do lobista João Augusto Henriques, ambos presos em Curitiba,
segundo informam as jornalistas Camila Mattoso
e Bela Megale.
A
maior parte do dinheiro foi paga em contas no exterior e o valor equivalia a 5%
de uma contrato na área internacional da Petrobras que a presidente deposta
Dilma Rousseff cortou em 43%. As cifras superam até os US$ 40 milhões estimados
inicialmente.
"De
acordo com documentos referentes ao PAC-SMS, apresentados pela Odebrecht, os
repasses foram feitos entre julho de 2010 e dezembro de 2011. Os extratos
atingem US$ 54 milhões, mas a soma de planilhas anexadas chega a US$ 65
milhões. Do total, uma pequena parte foi paga em espécie no Brasil, em hotéis
em São Paulo, no casos de petistas citados, e em um escritório no centro do
Rio, localizado na rua da Quitanda, para os demais. A maior parte, no entanto,
foi repassada a contas de operadores no exterior", reportam as
jornalistas.
De
acordo com os delatores Márcio Faria e Rogério Almeida, não se tratou de doação
eleitoral, mas sim de propina, uma vez que o valor correspondia a 5% de um
contrato da Petrobras. Quando soube que o PMDB estaria roubando na Petrobras,
Dilma determinou que Graça Foster, então presidente da estatal, cortasse o contrato
quase pela metade.
De
acordo com uma pesquisa Vox Populi, hoje, 78% dos brasileiros defendem a
cassação de Temer e 90% querem eleições diretas, para que o Brasil tenha um
governo legítimo. Atualmente, segundo o filósofo Vladimir Safatle, o futuro de
cada brasileiro está sendo decidido por corruptos.
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