Sobral, pesaroso, despede-se
de seu filho Belchior
(Foto: Captura de imagem/Internet)
Sobral
reverencia neste momento (manhã deste dia 1º de maio), na concha do auditório
do Theatro São João, na praça do mesmo nome, no centro da cidade, em últimas
homenagens póstumas, seu filho, o cantor, poeta, letrista, compositor e artista
plástico, Antônio Carlos Gomes Belchior Fontenele Fernandes, o artisticamente
consagrado BELCHIOR.
O
renomado cantor sobralense, falecera na noite de sábado (26) de morte natural,
em sua residência, na cidade de Santa Cruz do Sul, no Vale do Rio Pardo, no Rio
Grande do Sul, onde morava em vida simples há quatro anos, com a mulher Edna
Araújo.
Um
pouco de sua trajetória artística
Na
infância em Sobral no Ceará, Belchior estudou piano e música coral, e trabalhou
no rádio em sua cidade natal. Seu pai tocava flauta e saxofone, e sua mãe
cantava em coro de igreja. Mudou-se em 1962 para Fortaleza, onde estudou
Filosofia e Humanidades. Também chegou a estudar medicina, mas abandonou o
curso em 1971 para se dedicar à música.
Começou
apresentando-se em festivais pelo Nordeste. Depois do sucesso de
"Mucuripe", mudou-se para São Paulo, onde compôs trilhas sonoras para
filmes e passou a fazer shows maiores e aparições em programas de televisão. Em
1974, lançou seu primeiro disco, "A palo seco", cuja música título se
tornou sucesso nacional e ganhou versões ao longo da história, como a de
Oswaldo Montenegro e da banda Los Hermanos.
Outros
artistas também regravaram sucessos de Belchior, entre eles Roberto Carlos
("Mucuripe") e Erasmo Carlos ("Paralelas"), Engenheiros do
Hawaii ("Alucinação"), Wanderléa e Vanusa ("Paralelas") e
Jair Rodrigues ("Galos, noites e quintais"). Elis Regina foi uma de
suas maiores intérpretes: além de "Como nossos pais", gravou
"Mucuripe", "Apenas um rapaz latino-americano" e
"Velha roupa colorida".
Em
1982, o cantor lançou "Paraíso", que tem participações dos àquela
época ainda jovens artistas Guilherme Arantes, Ednardo Nunes, Jorge Mautner e
Arnaldo Antunes. Fundou sua própria gravadora e produtora, a Paraíso Discos, em
1983. Ao longo da carreira, Belchior teve mais de 20 discos lançados.
Atualmente,
trabalhava a tradução de toda a sua obra para outros idiomas. Belchior era
também artista plástico.
Após
o velório em Sobral, o féretro de Belchior será trasladado, por volta das 11
horas, para Fortaleza, onde, no Centro Cultural Dragão do Mar, receberá
homenagens póstumas do povo cearense. No local, haverá missa de corpo presente.
À tarde, após as exéquias, por volta das 18 horas, o corpo de Belchior será conduzido pela família para
sepultamento, no Cemitério Parque da Paz, no túmulo de seus pais.
Belchior
deixa um importante legado à Música Popular Brasileira e uma saudade imensa no
coração da grande legião de seus fãs e ao povo brasileiro em geral.
Pesquisa/Texto do jornalista Herculano Costa em 1º /05/2017
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