PGR quer
incluir ex-ministros de governos do PT em inquérito da Lava Jato
O procurador-geral da República,
Rodrigo Janot, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que inclua 11 pessoas,
entre elas ex-ministros de governos do PT, como investigadas em um inquérito
que apura a compra de horário gratuito de TV para a campanha da chapa
Dilma/Temer à Presidência, em 2014.
Entre as pessoas na lista de Janot
estão os ex-ministros da Fazenda Guido Mantega e Antonio Palocci; da Secretaria
de Comunicação Edinho Silva; do Trabalho Carlos Lupi; e o publicitário
responsável pela campanha de 2014, João Santana. Já é investigado no inquérito
o atual ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Manoel Araújo.
O inquérito teve origem nos acordos
de delação premiada de executivos e ex-funcionários da Odebrecht. Segundo os
delatores, Edinho Silva, então tesoureiro da campanha de Dilma Rousseff à
reeleição, solicitou R$ 7 milhões à empresa para comprar o apoio político dos
partidos que compunham a coligação da chapa vencedora em 2014.
Além do PT, partido ao qual Dilma é
filiada, a coligação que reelegeu a ex-presidente era composta também pelo
PMDB, PDT, PC do B, PP, PR, PSD, PROS e PRB.
“Os valores supostamente pagos pela
Odebrecht aos presidentes dos partidos mencionados foram debitados na Planilha
Italiano, que era o instrumento pelo qual o grupo controlava a propina devida
ao Partido dos Trabalhadores em razão das negociações espúrias”, disse Janot na
petição.
O procurador-geral da República
solicita ainda que sejam interrogados nove pessoas no processo, incluindo os
ex-presidente Luíz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. Caberá ao relator da
Operação Lava Jato no STF, ministro Edson Fachin, decidir se acata ou não a
inclusão dos novos investigados no inquérito.
De Brasília, Felipe
Pontes - Repórter da Agência Brasil, 22/06/2017 21h32, atualizada em 23/06/2017
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