Ministro da
Justiça nega troca no comando da Polícia Federal
O ministro da Justiça, Torquato
Jardim, desmentiu hoje (24) rumores de troca do comando da Polícia Federal (PF)
e disse que no trabalho do ministério “não há nomes, há instituições”. Ao lado
do diretor da PF, Leandro Daiello, Jardim disse que o governo não está
“preocupado com personalidades” e que os dois têm trabalhado “com absoluta
harmonia e camaradagem”.
“Não há nomes, há instituições. Não
estamos preocupados com personalidades. Estamos comprometidos com a
instituição”, disse o ministro em rápido pronunciamento à imprensa convocado
neste sábado. “É preciso cobrir mais espaço do território. Seja para cada um
dos crimes que mais preocupam a administração pública: drogas, armas, os crimes
financeiros e o que começa agora que é o tráfico humano. Esse é o novo desafio,
é o nosso compromisso institucional.”
Segundo reportagem do
jornal Folha de S.Paulo, Jardim teria dito a sindicalistas em reunião esta
semana que tiraria Daiello do comando da PF.
O ministro chamou a notícia do jornal
de “pós-verdade” e disse que a informação “não corresponde com a realidade”.
O pronunciamento durou cerca de três
minutos e Jardim deixou o local sem responder a perguntas dos jornalistas.
Após a saída de Jardim, Daiello
reforçou a declaração do ministro de que não se pode personalizar a atuação da
PF, mas não esclareceu se fica ou não no cargo.
“Vamos ampliar a capacidade da
Polícia Federal de ter uma inserção internacional para combater os crimes
transnacionais e também com uma estratégia de proteção de fronteiras. Isto anda
muito bem, anda em uma perspectiva institucional, não é uma perspectiva
pessoal, não é o ministro, não é o Leandro [Daiello], são as instituições
Ministério da Justiça e Polícia Federal que andam serenamente neste caminho”. O
diretor também deixou o local sem responder a perguntas da imprensa.
De Brasília, Marcelo Brandão
- Repórter da Agência Brasil, 24/06/2017 14h52
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