Fiesp
se declara “indignada” com aumento de imposto pelo governo Temer
Em nota
divulgada nesta quinta-feira, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo
(Fiesp) afirmou estar indignada com a decisão do governo de elevar as alíquotas
do PIS/Cofins sobre combustíveis. “O que é isso, ministro? mais imposto?”, é o
título da nota, assinada pelo presidente da entidade, Paulo Skaf. Skaf pertence
ao PMDB, partido do presidente Michel Temer. À frente da Fiesp ele encabeçou a
campanha contra o aumento de tributos iniciada no governo Dilma Rousseff cujo
símbolo era um gigantesco pato inflável amarelo.
“Há apenas
3 meses, cobramos publicamente o ministro da Fazenda sobre suas declarações de
que pretendia aumentar impostos. Fomos ouvidos”, diz a nota. “Nesta semana,
ficamos indignados com o anúncio da alta de impostos sobre os combustíveis.
Ministro, aumentar imposto não vai resolver a crise; pelo contrário, irá
agravá-la bem no momento em que a atividade econômica já dá sinais de retomada,
com impactos positivos na arrecadação em junho”, prossegue o texto.
Segundo a
nota da Fiesp, o aumento de imposto “recai sobre a sociedade, que já está
sufocada, com 14 milhões de desempregados, falta de crédito e sem condições
gerais de consumo”.
A entidade
defende que “o caminho correto é cortar gastos, aumentar a eficiência e reduzir
o desperdício”.
A Fiesp critica o aumento dos gastos
do governo com pessoal de R$ 12 bilhões e dos gastos com Previdência, de R$ 15
bilhões, que, segundo a entidade, levaram “por água abaixo” o esforço de corte
de R$ 11 bilhões em investimentos e de R$ 12 bilhões em despesas.
O texto termina com a entidade
afirmando que mantém suas bandeiras e convicções. “Somos contra o aumento de
impostos porque acreditamos que isso é prejudicial para o conjunto da
sociedade.” “Chega de Pagar o Pato”, diz Skaf, no encerramento da nota.
(…)
Publicado n'O Essencial / Diário do
Centro de Mundo, 21/07/2017
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