Gás de
botijão eleva prévia da inflação oficial a 0,34% em outubro, diz IBGE
O botijão de gás teve alta
de 5,72% (Foto: Arquivo/Agència Brasil)
Pressionada pela terceira alta consecutiva no preço
do gás de botijão, a prévia da inflação oficial do país, medida pelo Índice
Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), fechou o mês de outubro
com variação de preços de 0,34%. Em relação a setembro, o índice subiu 0,23
ponto percentual.
Divulgado hoje (20), pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA-15 fechou o acumulado no ano (janeiro-outubro)
em 2,25%, resultado que chega a ser 3,86 pontos percentuais inferior aos 6,11%
do mesmo período do ano passado.
Este é o menor acumulado para um mês de outubro
desde os 2,22% de 2006. Nos últimos doze meses, o índice ficou em 2,71%, resultado
acima dos 2,56% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em outubro
de 2016, o IPCA-15 havia sido de 0,19%.
(Merchandising)
Botijão de gás
A alta foi pressionada pelos preços dos
combustíveis, em especial o gás de botijão, que fechou outubro com alta de
5,72%. Foi o terceiro aumento consecutivo e a maior alta desde outubro de 2015.
O impacto do gás de botijão no IPCA-15 deste mês foi de 0,07 ponto percentual.
O gás de cozinha impactou a alta de 5,36% dos
combustíveis domésticos, que influenciaram o grupo habitação, que fechou o mês
com elevação de 0,66%.
Segundo o IBGE, a influência da habitação na
medição geral ficou abaixo dos transportes (impacto de 0,11 ponto percentual),
afetado também pelos reajustes nos combustíveis. A gasolina teve alta de 1,45%
entre setembro e outubro, mesmo com a leve desaceleração em relação período
anterior, quando a taxa foi de 3,76%. Pesou ainda o aumento de 7,35% nas
passagens aéreas.
O grupo dos alimentos fechou outubro com deflação
(inflação negativa) de 0,15%. A nova queda foi menor que a de -0,94% de
setembro. Contribuíram para a baixa nos preços o alho (-9,88%), o
feijão-carioca (-5,95%), o açúcar cristal (-3,63%) e o leite longa vida
(-3,52%). Enquanto isso, tiveram alta no período as carnes (0,54%) e frutas
(1,40%) tiveram alta no período.
Nos índices regionais, a região metropolitana de
Curitiba teve a maior alta nos preços (0,66%), seguido por Salvador (0,64%).
Por outro lado, as quedas mais intensas ocorreram na regiões metropolitanas do
Rio de Janeiro (-0,08%) e do Recife (-0,07%).
Com a mesma metodologia do IPCA (indicador que mede
a inflação oficial do país), o IPCA-15 tem periodicidade diferente: vai da
segunda metade do mês anterior à primeira metade do mês de referência. Ele diz
respeito à variação dos preços para as famílias de um a 40 salários mínimos, e
abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo
Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de
Brasília e Goiânia.
Do Rio de Janeiro, Nielmar de Oliveira -
Repórter da Agência Brasil, 20/10/2017, às 10h47
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