Padilha diz
que Aloysio Nunes pode continuar no governo na cota pessoal de Temer
O ministro da Casa Civil,
Eliseu Padilha, conversa com jornalistas no Palácio do Planalto
(Foto: Antônio Cruz/Agência
Brasil)
O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha,
disse nesta quinta-feira (30) que o ministro das Relações Exteriores, Aloysio
Nunes, poderá ser um dos ministros da cota pessoal do presidente Michel
Temer e permanecer ocupando a pasta, mesmo com a saída do PSDB da base do
governo.
Padilha disse que a saída dos ministros tucanos é
uma questão do presidente Michel Temer e as lideranças tucanas. No entanto, ao
ser perguntado sobre como ficaria a situação de Aloysio Nunes no governo,
ministro acenou com a possibilidade de o tucano se manter na pasta.
O ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, pode permanecer no governo federal
(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
“Penso que o ministro Aloysio é uma das pessoas que
mais respeito merecem dentro do PSDB, e nós devemos acolher as palavras dele
como manifestação pessoal de alta respeitabilidade. Penso que ele pode vir a
ser um ministro da cota pessoal do presidente”, disse.
Padilha disse também ver com naturalidade o fato de
o PSDB deixar a base do governo para avançar com seu “projeto de poder”, e que
espera, dos tucanos, "compreensão" com as decisões a serem tomadas
pelo PMDB visando ao projeto de poder que tem para 2018.
“Questão de
ministério é questão presidencial, e ele [presidente Michel Temer] está
definindo isso com muito diálogo. Vai dialogar com as lideranças e com Geraldo
Alckmin, que é presidente do PSDB. Se houve anúncio de todos os líderes, de que
iam sair, acho que é uma questão apenas de haver, da parte do presidente Temer
e dos líderes – no caso, do presidente [do PSDB] Geraldo Alckmin – a definição
da forma com que vai ser feita essa transição”, acrescentou Padilha.
“O PMDB e os partidos da base têm um projeto de
poder para 2018. Vamos cuidar desse projeto de poder. Acho de forma
absolutamente justa que o PSDB e o governador Alckmin [Geraldo] tenham um
projeto de poder que eles devem defender. Nós compreendemos e, da outra parte,
também se espera que haja compreensão com a decisão do PMDB e dos demais
partidos da base do governo”, acrescentou Padilha.
Padilha anunciou ontem (29) que o PSDB não
integrará mais a base aliada do governo. No entanto, os ministros da legenda
poderão continuar nos cargos.
Fim da edição impressa do DOU
Padilha participou nesta manhã de uma cerimônia na
Imprensa Nacional, que marca o fim da edição impressa do Diário Oficial da
União (DOU). Após 155 anos sendo impresso, o DOU passará a ter, a partir
do dia 1º de dezembro, apenas a versão digitalizada. Durante o evento, foi
assinado um acordo de cooperação que permitirá o uso das ferramentas
tecnológicas que servirão para a leitura e o processamento do DOU. A versão
online da publicação já existe há 20 anos e, atualmente, registra cerca de 23
mil acessos únicos diários.
De acordo com o governo, a mudança para o ambiente
digital resultará em economia tanto de papel como de água, uma vez que a
Imprensa Nacional consome 720 toneladas de papel-jornal a cada ano, a um custo
estimado de cerca de R$ 204 mil mensais ou R$ 2,5 milhões anuais. O consumo
equivale a 900 eucaliptos mensais ou 10.800 anuais. Na transformação em papel
são consumidos mensalmente uma quantidade estimada de 32 milhões de litros de
água, equivalente a pouco mais de 8 piscinas olímpicas.
“Hoje o presidente Michel Temer dá mais um passo no
rumo de converter o governo [para o ambiente] digital, que sai do nosso Diário
Oficial impresso em máquinas, que vêm desde 1808, passando agora à impressão
digital, onde temos mais de 700 mil acessos rapidamente. A tiragem hoje é de
menos de 10 mil exemplares no papel. Não temos mais a demanda que o justificou
há tanto tempo”, disse Padilha. “O dia de hoje é um marco na história da
imprensa brasileira”, completou.
De Brasília, Pedro Peduzzi -
Repórter da Agência Brasil, 30/11/2017 13h31
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