Fecha o cerco contra a Globo nos Estados Unidos
Por Esmael
Morais (*)
Acostumada a acusar adversários políticos, mesmo sem provas, a Globo
agora experimenta a outra face das delações premiadas nos Estados Unidos.
A emissora dos Marinho voltou a ser acusada por novo delator de pagar
propinas para obter direitos de transmissão de jogos.
José Eladio Rodríguez, ex-braço direito do empresário argentino
Alexandre Burzaco, afirmou que grupos de mídia, entre eles a Globo, pagaram
propina a partir de uma offshore criada na Holanda.
Nas planilhas da Torneos y Competencias, a palavra Globo aparece pelo
menos quatro vezes associada a pagamentos que chegam a US$ 12,8 milhões
relativos aos direitos da Libertadores e da Copa Sul-Americana.
Quanto à representação de três partidos — PT, PDT e PSOL — contra a
Globo, no Brasil, na semana passada, até agora não se pronunciaram
a Procuradoria Geral da República, o Conselho Administrativo de Defesa
Econômica (Cade) e ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e
Comunicações.
Para as legendas, é inexplicável para o Brasil que o escândalo da Fifa
seja investigado judicialmente nos Estados Unidos, na Suíça, na França e em
outros países, há três anos, e tudo o que temos aqui seja uma suposta
“investigação interna” em que a Globo tenha apurado em silêncio e absolvido a
si mesma.
(*) Esmael Morais é
jornalista e blogueiro paranaense. Publicado em Brasil 247, 30/11/2017
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