Intenção de
consumo das famílias aumenta quase 10% em janeiro, diz CNC
A Intenção de Consumo das Famílias
(ICF) aumentou 9,7% em janeiro, quando comparado a janeiro do ano passado,
alcançando 83,6 pontos. Quando a comparação se dá com dezembro de 2017, o
crescimento cai para 2,3%. Os dados foram divulgados hoje (17) pela
Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
O resultado, que ainda se situa
abaixo da zona de indiferença, que é de 100 pontos, indica “uma lenta
recuperação do otimismo das famílias”, na avaliação da assessora econômica da
entidade Juliana Serapio.
Para a economista, “os consumidores
seguem melhorando suas avaliações sobre a economia, mas o nível de
endividamento das famílias, principalmente o daquelas com menor poder
aquisitivo, leva à cautela nos gastos, atuando como um fator restritivo ao
consumo”.
A publicação da CNC destaca o fato de
que o único componente da pesquisa que aparece acima da zona de indiferença é o
Emprego Atual, que em janeiro atingiu 109,6 pontos, o maior valor desde julho
de 2015.
O subíndice registrou aumento de 0,3%
em relação ao mês anterior e 4% na comparação com 2017. O percentual de
famílias que se sentem mais seguras em relação ao emprego atual é de 33,4%,
ante 33,1% em dezembro. Também em relação às perspectivas de mercado de
trabalho, houve aumento de 2,2% em relação a dezembro de 2017, embora na
comparação anual, tenha havido uma leve redução de 0,1%.
Intenção de
Consumo
Entre os componentes relevantes
ligados ao consumo, três apresentaram alta: Nível de Consumo Atual, Momento
para Duráveis e Perspectiva de Consumo. O principal destaque entre esses
componentes foi o item Momento para Duráveis, que apresentou crescimento de
5,4% no comparativo mensal e de 18,4% em relação a janeiro de 2017.
No que diz respeito ao Nível de
Consumo Atual, houve aumento de 4,2% em relação ao mês anterior e 13,9% na
comparação anual (janeiro do ano passado); enquanto o item Perspectivas de
Consumo cresceu tanto na comparação mensal (2,2%) como na anual (23,1%). Com
81,9 pontos, o componente chega ao maior valor desde maio de 2015.
O estudo mostra ainda que o subíndice
Renda Atual chegou ao patamar mais elevado desde março de 2016, com 95,2
pontos. Já o componente Acesso ao Crédito teve aumento de 1,8% na comparação
mensal e 14,2% em relação a janeiro de 2017.
A CNC ressalta o fato de que “apesar
da melhora de todos os subíndices, a maior parte das famílias, 56,5%, declarou
estar com o nível de consumo menor do que no ano passado”.
Do Rio de Janeiro, Nielmar
de Oliveira - Repórter da Agência Brasil, 17/01/2018 11h21
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