Saúde e Educação perdem r$ 472 milhões
para financiamento eleitoral

O fundo eleitoral bilionário criado para bancar as campanhas políticas
com recursos públicos retirou R$ 472,3 milhões originalmente destinados pelos
parlamentares para educação e saúde neste ano. Deputados federais e senadores,
quando aprovaram a destinação de verbas para as eleições, haviam prometido
poupar as duas áreas sociais de perdas.
Levantamento feito pelo jornal Estado de S.Paulo mostra que o fundo
receberá R$ 121,8 milhões remanejados da educação e R$ 350,5 milhões da saúde.
O valor corresponde à transferência de dinheiro das emendas de bancadas – que
seria destinado a esses setores – para gastos com as campanhas eleitorais deste
ano.
O fundo, aprovado em 4 de outubro do ano passado, é uma alternativa à
proibição das doações empresariais e receberá, no total, R$ 1,75 bilhão. Desse
montante, R$ 1,3 bilhão sairá das emendas de bancada, cujo pagamento é
obrigatório pelo governo, e R$ 450 milhões da isenção fiscal que seria
concedida a rádios e TVs para veicular programas partidários.
O dinheiro será distribuído aos partidos de acordo com o tamanho de suas
bancadas na Câmara e no Senado. A criação do fundo é contestada por ação que
tramita no Supremo Tribunal Federal (STF), sob a relatoria da ministra Rosa
Weber. Ela decidiu levar o caso ao plenário da Corte e ainda não há data para o
julgamento.
As informações são de reportagem de Felipe Frazão no Estado de S.Paulo, veiculada também em Brasil 247, em 08/01/2018


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