Estrangeiros já levam 22% do petróleo
nacional
Depois de ultrapassar os 600 mil barris diários de petróleo, em
dezembro, a parcela de produção fora da Petrobras caminha para atingir o
patamar de 1 milhão de barris/dia em dois ou três anos. Levantamento do Valor
mostra que, embora a estatal brasileira continue sendo a responsável pela
operação dos principais projetos de óleo e gás do país, há um processo de
desconcentração em curso no mercado brasileiro.
Em 2017, as petroleiras estrangeiras e as pequenas e médias produtoras
nacionais (como Queiroz Galvão, PetroRio e Dommo Energia) produziram, juntas,
em média, 582 mil barris/dia de petróleo, o que representa um aumento de 25%
ante 2016. E a participação da Petrobras na produção nacional recuou 3,7 pontos
percentuais, para 77,8%, segundo dados da Agência Nacional de Petróleo (ANP).
O crescimento acelerado de terceiros se trata de um movimento natural,
já que a principal fronteira de produção do país, o pré-sal, concentra projetos
operados pela Petrobras em parcerias com sócios. Em 2017, por exemplo, a desconcentração
foi puxada, sobretudo, por companhias como Shell, Petrogal e Repsol Sinopec
(sócias da estatal em Lula e Sapinhoá, os maiores campos do país).
Para este ano, a expectativa é que a trajetória de crescimento da
parcela fora da Petrobras se intensifique, em que pese o fato de o número de
projetos operados por outras empresas ainda ser baixo. Com exceção de Atlanta,
operado pela QGEP no pós-sal da Bacia de Santos, não há perspectivas de que
novos campos, operados por outras petroleiras, entrem em operação no país nos
próximos anos.
As
informações são de reportagem de André Ramalho, no Valor, em 09/02/2018, com
Brasil 247, desta data
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