Dilma tinha razão: não vai ficar pedra
sobre pedra
Em
outubro de 2014, quando a revista Veja circulou com uma capa criminosa, usada
pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG) para tentar levar a eleição presidencial
daquele ano na mão grande, a presidente Dilma Rousseff fez uma profecia
relacionada a todos os políticos que tinham planos para estancar a
sangria. “Eu quero aqui manifestar meu repúdio a esse tipo de processo,
que é um processo golpístico. Quero dizer que eu tenho uma vida inteira que
demonstra o meu repúdio à corrupção. Eu não compactuo com a corrupção, eu nunca
compactuei. Quero que provem que eu compactuei com a corrupção e não esse tipo
de situação em que se insinua e não tem prova. Nesse caso da Petrobras, ou
qualquer outro, que tenha a ver com corrupção, eu vou investigar a fundo,
doa a quem doer. Quero dizer que não vai ficar pedra sobre pedra”, afirmou.
Dilma
foi derrubada pelo golpe mais surreal da história, o dos corruptos contra
a presidente honesta, num processo que tinha uma finalidade: estancar a sangria
da Lava Jato, blindando políticos do PMDB e do PSDB. No entanto, a profecia de
Dilma vem se cumprindo. Com o strike desta sexta-feira, três dos principais
operadores de Michel Temer – José Yunes, coronel Lima e Wagner Rossi – foram
presos, juntando-se a vários outros que já caíram, como Eduardo Cunha, Geddel
Vieira Lima e Henrique Alves.
Se
isso não bastasse, o articulador maior do golpe dos corruptos, senador Aécio
Neves (PSDB-MG), também deve se tornar réu em razão do escândalo JBS. Ou seja:
enquanto os golpistas caem e se afundam em seu próprio mar de lama, Dilma fica
de pé.
De Brasília, Brasil 247, em 29/03/2018, às 13h59
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