quarta-feira, 28 de março de 2018

Testemunha

PM do Paraná facilitou atentado contra Lula
 
Relato de uma jornalista presente no ônibus da caravana de Lula que foi alvejado por tiros na noite de ontem mostram que a Polícia Militar do Paraná não acompanhou o deslocamento da comitiva, apesar da escalada de violência e perseguição contra o ex-presidente. Descaso facilitou a ação dos criminosos.
Segundo Eleonora Lucena, jornalista com mais de 40 anos de carreira, em um determinado momento os policiais chegaram a passar pela caravana, mas não pararam. 
"Foi um atentado. A escalada fascista subiu mais um degrau. Grupos ultradireitistas não enxergam limites. Ovos, pedras, projéteis, chicotes. São milícias armadas que planejam atentados. Como as gangues que precederam as SS nazista. O mesmo modus operandi terrorista.
Vi isso num crescendo nos últimos dias. Adeptos de Bolsonaro, ruralistas, pessoas violentas que berram e xingam. Eu mesma levei uma ovada na cabeça no sábado só por estar saindo do hotel onde estava hospedado Lula. "Lincha, é comunista", ouvi em algum momento.
O país precisa reagir. O atentado não foi só contra Lula. O projétil foi contra a democracia. Democratas precisam aprender com a história e formar já uma frente ampla contra o fascismo."
De Curitiba, Paraná 247, em 28/03/2018, às 09h55

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