Derrota
fragorosa de Michel Temer e Pedro Parente
Em
três dias, a greve dos caminhoneiros desabasteceu o Rio de Janeiro,
obrigou a retirada de 40% dos ônibus das ruas de São Paulo, ameaçou
paralisar o aeroporto de Brasília e paralisou 13 plantas da combalida produtora
de alimentos BRF. Parente pode deixar o cargo hoje
A
gigante de alimentos BRF afirmou que já perdeu R$ 150 milhões com a greve.
Também em crise gerencial, a empresa pode ser o destino de Pedro Parente que,
com a quebra da política de preços dos combustíveis, perdeu a razão de ser e de
estar na presidência da estatal.
"A
imagem de Pedro Parente cabisbaixo e constrangido, renunciando
ainda que pelos alegados 15 dias àquilo que o levou a aceitar dirigir a
Petrobras, não poderia ser mais reveladora.
Os caminhoneiros ganharam de
novo. Não há categoria com maior poder disruptivo no país, que acompanhou
sua industrialização dos anos 1950 em diante com a implantação de uma vasta
rede rodoviária em detrimento de opções mais lógicas, como o transporte
ferroviário e a navegação de cabotagem.
(...)
A
BRF, empresa que em 2015 perdeu mais de R$ 150 milhões com a greve, está
sem presidente-executivo efetivo desde que Parente foi eleito para dirigir
seu Conselho de Administração no fim de abril, retirando o grupo do
empresário Abílio Diniz que controlava o colegiado desde 2013. Quando
assumiu a Petrobras, Parente disse que sua missão se encerraria com o fim
do governo Temer. A condição básica era independência total na gestão da
petroleira, algo que agora foi submetido aos humores da realidade em um ano
eleitoral.” Leia
mais aqui.
De Brasília, Brasil 247, em 24/05/2018,
às 05h55
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