BC reduz
previsão de crescimento da economia este ano para 1,6%
A Economia brasileira deve crescer menos. Projeção para a expansão do
Produto Interno Bruto
passou de 2,6% para 1,6% (Imagem:
Amanda Oliveira/Gov.BA)
O Banco Centra (BC) reduziu a previsão de crescimento da economia este
ano. A projeção para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos
os bens e serviços produzidos no país, passou de 2,6% para 1,6%, de acordo com
o Relatório de Inflação, divulgado hoje (28), em Brasília.
A previsão está um pouco acima da estimativa do mercado financeiro, que é 1,55%. Essas projeções têm
sido reduzidas pelas instituições financeiras nas últimas semanas.
Segundo o Banco Central, a revisão na estimativa ocorreu devido ao
“arrefecimento” da atividade econômica no início do ano, a acomodação dos
indicadores de confiança de empresas e consumidores e a perspectiva de impactos
da greve dos caminhoneiros no final de maio.
Crescimento por setores
A estimativa para o crescimento da agropecuária subiu para 1,9%, ante
estimativa de recuo de 0,3% em março, após crescimento anual de 13% em 2017 – o
melhor resultado já registrado.
“A melhora na projeção se deve a resultado acima do esperado no primeiro
trimestre e a sequência de elevações nos prognósticos para a produção agrícola
anual”, diz o relatório do BC.
Já a projeção para o desempenho da indústria foi revista de 3,1% para
1,6%. Para o setor de comércio e serviços, a estimativa de expansão ficou em
1,3%, ante 2,4% na projeção de março.
Demanda de consumo
A estimativa para o crescimento do consumo das famílias foi revista de
3% na projeção de março, para 2,1%, “compatível com uma recuperação mais lenta
da massa salarial, resultado da redução no ritmo de crescimento dos rendimentos
e da população ocupada”.
A projeção para o crescimento dos investimentos (Formação Bruta de
Capital Fixo – FBCF) permaneceu estável (4,0% ante 4,1% na projeção de março).
O consumo do governo deverá recuar 0,2%, ante estimativa de crescimento
de 0,5% em março, “consistente com expectativa de piora na arrecadação dos
governos em cenário de crescimento econômico menor do que o previsto no
Relatório de Inflação de março”.
As exportações e as importações de bens e serviços devem variar 5,2% e
6,4% em 2018, ante projeções respectivas de 4,9% e 6,8% no Relatório de
Inflação de março.
“A ligeira elevação na projeção para as exportações reflete o desempenho
melhor do que o esperado no primeiro trimestre e as revisões em prognósticos
para safras agrícolas de produtos importantes da pauta de exportação”, diz o
Banco Central.
O volume de importações foi reduzido por conta da alta do dólar e do
crescimento “mais modesto” da indústria e do consumo das famílias.
De Brasília, Por Kelly Oliveira –
Repórter da Agência Brasil, em 28/06/2018, às 08h10
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