PROJETO PONTES
Por Inocêncio Nóbrega (*)
Operação LavaJato e a vassoura
de Janio Quadros têm semelhantes propostas, entre elas a varredura da corrupção
no país. A diferença está nas origens, pois a do ex-presidente, de curta
passagem pela Presidência da República, é prata de casa, enquanto a primeira
contém ranços nazifascistas, com habilidades anticonstitucionais. Seus mentores
exponenciais elegeram Curitiba como sede do Quartel General para operá-las,
segundo aportes doutrinários ministrados em seminários, tais como enfrentarem o
terrorismo, tudo dentro do figurino recomendado pelo “Projeto Pontes”, de
construção de pontes necessária à aplicação de leis no Brasil.
Na verdade verificou-se
reunião de debates, no Rio de Janeiro, em 1909, de parceria entre destacados
membros do Judiciário, Ministério Público e Polícia Federal, conduzida por
autoridades estadunidenses. Promotores, juízes federais, cerca de 50 policiais
da PF, de 26 estados, participaram, com vivo interesse, do treinamento. Na
oportunidade, Sérgio Moro, com seu cabedal de conhecimentos, estrategicamente obtidos
na Universidade Harward, discorreu, com muita segurança, acerca dos segredos
investigativos e punição, no caso de lavagem de dinheiro, seguidos de confiscos
de bens, conduções coercitivas e delações premiadas. Convenceu a todos no
sentido da mudança do público alvo, não mais a fantasiosa subversão terrorista
e sim os delitos por corrupção. Práticas adicionais seriam implementadas, em meio
a uma farta ferramenta, numa trama bem acabada, utilizando-se o processo do lawfare, ou seja transformação das leis
como armas de guerra. Aproveitando-se, ademais, da falsa mídia.
A fragilidade da democracia é
um campo fértil nas diretrizes intervencionistas das nações imperialistas, sobre
os povos subjugados. A escolarização, através da Escola das Américas, (EUA) de
ditaduras militares, proliferadas na América Latina, cedeu lugar aos Golpes
Parlamentares, decretando a extinção de governos comprometidos com as faixas
populares de seus países, a incomodarem o edifício social e econômico das
elites. Brasil, Honduras e Paraguai, eis exemplos mais emblemáticos. A Justiça
é peça fundamental como coadjuvante desse processo, embora nem todos adotem
esse comportamento.
O pensamento de dominação
inspira-se no III Reich, da Escola de Munique, passando pelo Deptº de Estado, chegando
entre nós, latino-americanos, com algumas adaptações. Houve brasileiros que se
empolgaram pela cartilha alemã, desde Hermes da Fonseca: Gaspar Dutra, Ernesto
Geisel, Castelo Branco, em parte hoje absolvida por forças do Judiciário, dessa
maneira formando um novo exército, sem armamentos letais, porém de efeitos por
vezes perniciosos.
(*) - Inocêncio Nóbrega é Jornalista - (inocnf@gmail.com), em 27/06/2018
Campanha Educação no Trânsito
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