Vice de
Bolsonaro volta a criticar 13º e diz que com ele 'todos saímos prejudicados'
 (Foto: Alf Ribeiro/Futura Press)
O general Hamilton Mourão
(PRTB), vice na chapa do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), voltou a criticar
o 13º salário nesta terça-feira (2).
"O 13º eu simplesmente disse que tem que ter planejamento,
entendimento de que é um custo. Na realidade, se você for olhar, seu empregador
te paga 1/12 a menos [por mês]. No final do ano, ele te devolve esse salário. E
o governo, o que faz? Aumenta o imposto para pagar o meu. No final das contas,
todos saímos prejudicados", disse o general no aeroporto de Congonhas, em
São Paulo. Ele ficará na cidade até quinta-feira (4), gravando propagandas
eleitorais com candidatos do PRTB.
Em palestra no Rio Grande do Sul na semana passada, ele chamou o
13º de "jabuticaba brasileira", uma "mochila nas costas dos
empresários" e "uma visão social com o chapéu dos outros".
Após sua primeira crítica ao 13º, Mourão foi duramente repreendido por
Bolsonaro, que pediu que ele ficasse "quieto" porque estava
"atrapalhando". O presidenciável escreveu em suas redes sociais que
quem fala em mexer no salário comete "ofensa ao trabalhador" e
"confessa desconhecer a Constituição".
"Se você recebesse seu salário condignamente, você economizaria e
teria mais no final do ano. Essa é minha visão. Não pode acabar [o 13º]. O que
eu mostrei é que tem que haver planejamento. Você vê empresa que fecha porque
não tem como pagar. O governo tem que aumentar imposto, e agora já chegou no
limite e não pode aumentar mais nem emitir títulos. Uma situação
complicada", continuou Mourão nesta terça (2), destacando que o 13º é
um dos "custos" que o Brasil precisa diminuir para ter
competitividade internacionalmente. 
O general falou que a única possibilidade de mexer no 13º salário
seria um "amplo acordo nacional para aumentar os salários".
"Tem governos estaduais
que pagam atrasado. Não pode mudar [o 13º salário], está enraizado. Só se
houvesse um amplo acordo nacional para aumentar os salários. Os salários são
muito baixos, né? Você olha a nossa faixa salarial e ela é muito ruim",
concluiu, sobre o tema.
Sobre a chamada de atenção ríspida que
recebeu de Bolsonaro, o general atribuiu à "maneira dele de se
expressar" e recorreu a uma expressão em inglês para dizer que não vê
problemas: "I can live with that" ["posso viver com isso"].
O general ainda comemorou os
números do Ibope divulgados na segunda-feira (1º), que mostraram crescimento de
quatro pontos de Bolsonaro, que chegou a 31%, e estagnação de Fernando Haddad
(PT), que se manteve nos 21%. Além disso, a pesquisa também mostrou crescimento
de 11 pontos na rejeição do petista.
"Pessoal está se dando
conta que não podemos aceitar a volta de todos os erros cometidos pelo PT.
Estão caindo na real. A esquerda teve o seu momento e agora tem que deixar o
outro lado chegar e tocar o país. É a necessidade de mudar o país, abraçarmos o
liberalismo, termos abertura comercial e austeridade e moralidade, que não foi
o que o outro lado mostrou", disse Mourão.
Folhapress, com Yahoo Notícias,em 02/10/2018
Folhapress, com Yahoo Notícias,em 02/10/2018
 



 
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