Mercado financeiro eleva estimativa de
inflação este ano para 3,29%
Previsão
para anos seguintes permanece estável
Pela quarta semana
seguida, as instituições financeiras consultadas pelo Banco Central (BC)
aumentaram a estimativa para a inflação este ano. A projeção para o Índice
Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA – a inflação oficial do país)
subiu de 3,46% para 3,52%. A informação consta no boletim Focus, pesquisa
semanal do Banco Central (BC) que traz as projeções de instituições para os
principais indicadores econômicos.
Para 2020,
a estimativa de inflação se mantém há cinco semanas em 3,60%. A previsão para
os anos seguintes também não teve alterações: 3,75% em 2021, e 3,50% em 2022.
As
projeções para 2019 e 2020 estão abaixo do centro da meta de inflação que deve
ser perseguida pelo BC. A meta de inflação, definida pelo Conselho Monetário
Nacional, é 4,25% em 2019, 4% em 2020, 3,75% em 2021 e 3,50% em 2022, com
intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
Selic
Para alcançar
a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa
básica de juros, a Selic, atualmente definida em 5% ao ano pelo Comitê de
Política Monetária (Copom).
De acordo
com as instituições financeiras, a Selic deve cair para 4,5% ao ano até o fim
de 2019. Para 2020, a expectativa é que a taxa básica permaneça nesse mesmo
patamar. Para 2021 e 2022, as instituições estimam que a Selic termine o
período em 6% ao ano e 6,5% ao ano, respectivamente.
Quando o
Copom reduz a Selic, como prevê o mercado financeiro este ano, a tendência é
que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo,
reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica. Quando o
Copom aumenta a taxa básica de juros, o objetivo é conter a demanda
aquecida e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos
encarecem o crédito e estimulam a poupança. A manutenção da Selic indica que o
Copom considera as alterações anteriores suficientes para chegar à meta de
inflação.
Atividade econômica
A projeção
para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e
serviços produzidos no país – se manteve em 0,99%. As estimativas das
instituições financeiras para 2020 variou de 2,20% para 2,22%. Para os anos
seguintes, não houve alteração em relação à pesquisa anterior: 2,50% em 2021 e
2022.
A previsão
do mercado financeiro para a cotação do dólar permanece em R$ 4,10 para o fim
deste ano e R$ 4,01 para 2020.
De Brasília, por Andreia Verdélio - Repórter da
Agência Brasil, publicado em 02/12/2019, às 08h57
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