Brasil cai em
ranking mundial de educação em matemática e ciências; e fica estagnado em
leitura
(Imagem: Divulgação)
O Brasil não conseguiu registrar
avanços significativos no desempenho dos estudantes em leitura, em matemática e em
ciências no mais importante ranking mundial de educação. O
resultado do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa, na sigla
em inglês) divulgado nesta terça-feira (3) aponta ligeiro aumento da nota
média, mas os estudantes brasileiros seguem entre os últimos 10 colocados na
prova de matemática.
O exame, cujas provas foram aplicadas
no ano passado, é realizado pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento
Econômico (OCDE). Os
resultados negativos para a educação brasileira foram verificados mesmo com a
expansão da lista dos países participantes, que passaram de 70 para 80.
Em leitura, o Brasil
conseguiu manter sua posição de 2015, mas ainda está atrás de mais de 50 países
e regiões econômicas. Já em ciência, o país caiu
algumas posições, para uma colocação abaixo de pelo menos 65 participantes.
O que é o Pisa?
O Pisa é uma avaliação
mundial feita em dezenas de países, com provas de leitura, matemática e ciência,
além de educação financeira e um questionário com estudantes, professores,
diretores e escolas e pais;
Ela é realizada a cada três anos – a mais recente
foi aplicada em 2018 com uma amostra de 600
mil estudantes de 15 anos de 80 países diferentes. Juntos, eles
representam cerca de 32 milhões de pessoas nessa idade;
A cada ano, uma das três disciplinas principais é o
foco da avaliação – em 2018, o foco foi
na leitura;
O Brasil participou
de todas as edições do Pisa desde sua criação, em 2000, mas continua muito
abaixo da pontuação de países desenvolvidos e da média de países da OCDE,
considerada uma referência na qualidade de educação.
Tendência de estagnação
Os resultados seguem muito abaixo da média dos países da OCDE, que foi de 487
em leitura, 489 em matemática e 489 em ciências. Esses valores são
usados como referência de educação de qualidade pelo Brasil e demais países.
A OCDE concluiu que o Brasil mantém uma tendência de estagnação ao
analisar os resultados de sete edições do Pisa em leitura, seis em matemática e
cinco em ciências. Embora as notas médias tenham variado alguns pontos para
cima e para baixo, no decorrer da última década essa variação não foi
considerada estatisticamente relevante para ser considerada uma evolução de
patamar.
Ampliação das matrículas sem queda
Apesar de se manter num patamar estável, a OCDE
destacou que o Brasil foi um dos países que conseguiu aumentar
consideravelmente o número de adolescentes de 15 anos matriculados na escola,
sem que isso fizesse cair sua nota média no Pisa.
Atualmente, o patamar do Brasil deve ser comparável em
leitura com a Bulgária, a Jordânia, a Malásia e a Colômbia. Em matemática, com
a Argentina e a Indonésia. Já em ciências, os países que estão no mesmo grupo
do Brasil no ranking mundial são Peru, Argentina, Bósnia e Herzegovina e a
região de Baku, no Azerbaijão.
Atualmente, o patamar do Brasil deve ser comparável em leitura com a
Bulgária, a Jordânia, a Malásia e a Colômbia. Em matemática, com a Argentina e
a Indonésia. Já em ciências, os países que estão no mesmo grupo do Brasil no
ranking mundial são Peru, Argentina, Bósnia e Herzegovina e a região de Baku,
no Azerbaijão.
Regiões da China superam Singapura
Já no topo do ranking internacional, a China, embora não participe como
um único país, mas sim apenas com regiões específicas, conseguiu liderar o
ranking nas três provas. A região compreendendo Pequim-Xangai-Jiangsu-Guangdong
(chamada de P-X-J-G pela OCDE) ficou nas primeiras colocações. Mas Macau e o
território semiautônomo de Hong Kong conseguiram entrar no top 10 em todas as provas,
e Taipei ficou entre os dez melhores em matemática e ciências.
Outras duas potências asiáticas, Coreia do Sul e Japão também figuram
entre os melhores países do mundo no Pisa 2018. As demais posições são ocupadas
por países europeus e o Canadá.
[...]
Compilação do Blog, com
base em matéria de Ana Carolina Moreno e Elida Oliveira, G1, publicada em 03/12/2019
08h01
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