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“Fiquei superconstrangida”, diz cantora sobre atitude de Silvio Santos que é acusado de racismo

A cantora Jennyfer Oliver, que participou do quadro "Quem Você Tira?", do programa de Silvio Santos, se pronunciou sobre o caso em que mesmo com o placar apontando a sua vitória, Silvio não aceitou a escolha da plateia e optou por outra competidora. Nas redes sociais, os internautas acusaram o dono do Baú da prática de racismo.

“Quem assistiu viu. O povo sentiu a situação. Eu fiquei superconstrangida no momento, mas como demorou três semanas para ir ao ar, eu não podia mencionar nada sobre o assunto, e muito menos expor nada, porque o programa não havia passado”, contou a cantora em suas redes sociais. Durante o programa ficou evidente o seu constrangimento, diante da postura do apresentador.

“Eu jurava que ia ser editado, e eles iriam pular essa parte que ele me barrou de cantar a música. Em nenhum momento eu postei nada dizendo que ele foi racista comigo, ou algo do tipo. As pessoas sentiram e comentaram, postaram coisas no Twitter e no Instagram. E se as pessoas sentiram, eu respeito a opinião de todo mundo, cada um tem a sua”, disse.

Ela apresentou o hit Caneta Azul, e embora tenha faturado o prêmio popular com 84 dos 100 votos da plateia, o apresentador do SBT acabou dando o prêmio para outra competidora, que havia recebido apenas 5 votos.

“Em nenhum momento eu me fiz de vítima, mas eu me senti superconstrangida sim pela situação. Ele escutou as três cantarem, e quando chegou na minha vez ele barrou, falou que a música era muito chata”, afirmou a cantora. “Enfim, se a música era chata ele deveria ter parado pela primeira vez. E outra: quem escolheu foi a própria produção, não foi nenhuma de nós”, acrescentou.

“Acabou que ele [Silvio] gostou da Ju. Ele falou que ela ia ganhar mais R$ 500 porque ela era mais bonita. Só que aí entra aquela questão; o quadro era para cantoras, não pela beleza”, destacou.

Jennyfer também salienta que não entrará com qualquer ação contra o programa ou o apresentador. “Não vai adiantar de nada ficar brigando pelo que a gente acha que está certo, porque o certo hoje é errado, e o errado é certo. Não vai adiantar processar e ir atrás de direitos, porque aí eu vou ser prejudicada, nunca mais vou participar de emissora nenhuma. O que manda é o dinheiro, ele pode comprar um advogado, pode calar minha boca”, desabafa.

Por Brasil 247, publicado em 09.12.2019, às 09h55