Bolsonaro: não existe intenção de
privatizar BB e Caixa
Uma Agência urbana do Banco do Brasil (Foto: Marcello Camargo/Agência Brasil)
O
presidente Jair Bolsonaro negou hoje (4) a intenção de privatizar o
Banco do Brasil (BB) e a Caixa Econômica Federal. A declaração foi dada em
resposta à uma reportagem publicada ontem (3) pelo jornal O Globo.
Segundo o jornal, a equipe do ministro Paulo Guedes (Economia) estaria fazendo
estudos para abrir mão do controle do BB.
"Olha
só, eu vi na capa, foi no Globo de ontem, que [...] diz que pessoal começa
a estudar privatização do Banco do Brasil. Servidor de terceiro escalão fala
aquilo, eu não tenho nada a ver com isso. Eu não tenho como controlar centenas
de milhares de servidores no Brasil. Da minha parte, não existe qualquer
intenção de pensar em privatizar Banco do Brasil ou Caixa Econômica. Zero",
afirmou a jornalistas pela manhã, na entrada do Palácio do Alvorada, residência
oficial.
Sobretaxa do aço
Bolsonaro
demonstrou confiança de que o governo conseguirá reverter a decisão do
presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de voltar a sobretaxar as
exportações de aço e alumínio do Brasil. O líder norte-americano anunciou a medida em
sua conta no Twitter, na última segunda-feira (2).
"Você
pode ver, nós importamos etanol deles, eles querem agora, está bastante
avançado, mandar trigo pra gente. Agora, somos pobres na história, eu não sei
quantas vezes a economia deles é maior do que a nossa, várias vezes, nós
estamos com estilingue, os caras estão com uma metralhadora .50. Vejo com um
certo exagero o que está acontecendo. Por enquanto, não foi sobretaxado nada,
só tem a promessa dele no Twitter", afirmou.
Bolsonaro
voltou a negar qualquer medida artificial do governo para desvalorizar o real
frente ao dólar. Esse é o principal argumento de Trump para reativar as
sobretaxas, já que, segundo ele, a desvalorização do real estaria prejudicando
as exportações de agricultores norte-americanos.
"O
mundo está globalizado, a própria briga comercial EUA e China influencia o
preço do dólar aqui. Várias vezes o Roberto Campos interferiu
vendendo dólares. Não estamos aumentando artificialmente o preço do dólar.
E outra coisa, se nós produzirmos menos aço aqui, menos alumínio, que seria
natural com a sobretaxa, a energia para fazer isso aí, parte vem dos EUA,
poderia ter desemprego na outra ponta", afirmou.
O
presidente brasileiro negou ainda ter ficado decepcionado com o líder
norte-americano, com quem mantém boas relações desde o início do governo.
"Não tem decepção porque não bateu o martelo ainda. Não é porque um amigo
meu falou grosso numa situação qualquer que eu já vou dar as costas pra
ele".
De Brasília,
Pedro Rafael Vilela, repórter da Agência Brasil, publicado em 04/12/2019,
às 11h34
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