Joice
Hasselmann acusa Eduardo e Carlos Bolsonaro de coordenar milícias virtuais e
usar dinheiro público
A
deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP) está depondo nesta quarta-feira (4)
na CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) das Fake News e acusou
Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) de ser o principal coordenador de uma rede de
ataques e divulgação de boatos nas redes sociais e aplicativos de troca de
mensagens.
A parlamentar fez uma
apresentação em PowerPoint para mostrar a investigação sobre a chamada “milícia
virtual” e afirmou que há um grupo organizado e financiado “com milhões” que
ataca de maneira orquestrada alvos definidos por integrantes do que chama de
“gabinete do ódio”, que seria formado por pessoas do clã Bolsonaro e tentou
minimizar o papel de Bolsonaro no esquema.
“Quero crer que o presidente
[Bolsonaro] não sabe [dos ataques orquestrados], mas pelo que vocês vão ver nas
mensagens do gabinete do ódio, o deputado Eduardo Bolsonaro está envolvido e é
uma das lideranças”, disse.
Ela também acusou o vereador
Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) de coordenar essa milícia. “As instruções eram passadas pelo gabinete do ódio. Principalmente pelo Eduardo e assessores
ligados a ele. Carlos [Bolsonaro] também teve muita atividade, mas está com o
freio de mão puxado”, garante.
A ex-líder do governo no
Congresso, que rompeu com o clã após não apoiar Eduardo Bolsonaro para a
liderança da bancada,apresentou prints de conversas do grupo do Gabinete do
Ódio no Instagram.
Segundo ela, o “gabinete do
ódio” é formado por Filipe Martins, Tercio Arnaud, José Matheus e Mateus Diniz,
que recebem cerca de R$ 491 mil para produzir fake news e memes contra
ex-aliados e adversários políticos.
“Eles tem uma tabela para
fazer ataques coordenados em cada dia. […] Eles começaram esse trabalho
construindo narrativas mentirosas. […] Eles vão até que passa da linha do que
aceitável e vão para o crime virtual”, detalhou Hasselmann, que ainda citou o
perfil “BolsoFeios”, comandado por Carlos Eduardo Guimarães.
Joice disse ainda que sites
laranjas são usados para divulgar as fake news e citou dois deputados do PSL
que ele defende que deveriam ser investigados pela polícia. “Participação do
Douglas Garcia e do Gil Diniz, isso merece uma boa operação da Polícia”,
afirmou.
De Brasília, por Brasil 247, publicado em 04.12.2019, às 16h23
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