Inflação para
família de baixa renda teve alta de 1,19% em dezembro
No ano a
inflação para as famílias mais pobres ficou em 4,43%
(Foto:
Marcelo Camargo/Arquivo/Agência Brasil)
O Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda apontou alta em todas as
classes sociais, em dezembro de 2019, especialmente para as famílias de renda
mais baixa, de 1,19%, devido aos preços dos alimentos no domicílio. No
acumulado do ano, a inflação para as famílias mais pobres ficou em 4,43%.
Para as famílias de maior poder aquisitivo, o indicador subiu 0,99% em
dezembro, sendo mais impactado pelo aumento nos transportes. Em 2019, a
inflação para as famílias mais ricas foi de 4,16%.
Os dados foram divulgados hoje (14) pelo Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada (Ipea).
Segundo o Ipea, apenas a inflação dos alimentos responde por 97% de toda
a variação de preços em dezembro para a classe de renda mais baixa, que recebe
até R$ 1.643,78 por mês. Além das carnes, com aumento de 18,1%; tubérculos, de
6,4%; cereais, de 5,73%, e aves e ovos, de 4,48%, foram os grandes vilões da
cesta de consumo das famílias mais pobres.
Para as famílias mais ricas, que recebem acima de R$ 16.442,40 por mês,
os reajustes das passagens aéreas, de 15,6%, e dos combustíveis, de 3,57%,
foram os que mais pressionaram a inflação em dezembro.
Já a queda de 4,24% do preço da energia elétrica gerou um alívio
inflacionário em todas as faixas de renda.
“No balanço do ano, as famílias mais pobres apresentaram uma inflação
levemente superior à registrada pelo segmento mais rico da população,
influenciada, sobretudo, pelos aumentos dos alimentos no domicílio (7,8%),
energia elétrica (5%) e do ônibus urbano (6,6%). Em contrapartida, a inflação
do segmento mais rico foi impactada com maior intensidade pelos reajustes dos
combustíveis (5,2%), dos planos de saúde (8,2%) e das mensalidades escolares
(5%)”, informa o Ipea.
O Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda é calculado com base nas
variações de preços de bens e serviços disponíveis no Sistema Nacional de
Índice de Preços ao Consumidor (SNIPC), do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE).
Do Rio de Janeiro, Ana Cristina Campos, repórter
da Agência Brasil, publicado em 14/01/2020, às 11h17
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