Avião que
caiu no Irã levava passageiros de 7 nacionalidades
O voo PS 752 da Ukraine International Airlines faria a rota
de Teerã para Kiev e 176 pessoas
que estavam a bordo morreram. (Foto: Sputnik)
Passageiros de 7 nacionalidades estavam a bordo do avião que caiu no Irã,
na madrugada desta quarta-feira (8), perto do aeroporto de Teerã. Não havia
brasileiros ou americanos a bordo da aeronave Boing 737-800.
As origens de cada passageiro foram divulgadas pelo ministro de relações
exteriores da Ucrânia, Vadym Prystaiko:
Irã: 82 passageiros
Canadá: 63 passageiros
Ucrânia: 2 passageiros + 9 tripulantes
Suécia: 10 passageiros
Afeganistão: 4 passageiros
Alemanha: 3 passageiros
Reino Unido: 3 passageiros
“Expressamos nossas condolências. As autoridades ucranianas continuam
investigando”, escreveu o ministro ucraniano.
O voo PS
752 da Ukraine International Airlines faria a rota de Teerã para Kiev, e
decolou com quase uma hora de atraso, às 6h12, do aeroporto Imam Khomeini. A
queda teria acontecido momentos após a decolagem da aeronave. Não houve
sobreviventes.
A Boing
escreveu em seu Twitter que a companhia está “cientes dos relatos da mídia fora
do Irã e estamos coletando mais informações”.
Cinco horas antes da
queda, o Irã disparou mísseis contra bases americanas no Iraque, em resposta à
um ataque dos EUA que matou o general Qassim Suleimani, principal autoridade
militar iraniana.
Devido aos ataques, diversas companhias aéreas
deixaram de sobrevoar os territórios do Irã e do Iraque.
O motivo do acidente será analisado pela companhia
aérea, pela fabricante Boeing e autoridades da Ucrânia e do Irã. No entanto,
como o Irã é alvo de sanções por parte dos EUA, não está claro se haverá
restrições para que a Boeing, uma empresa americana, atue nas investigações.
Especialistas em aviação ouvidos pela agência
Reuters apontaram que a queda de avião raramente se deve a apenas um fator e
que a investigação para identificar as causas costuma levar meses.
Segundo a imprensa estatal do Irã, uma das
caixas-pretas foi encontrada. A aeronave, um Boeing 737-800NG, com três anos de
uso, havia passado pela última manutenção na segunda-feira (6), sem registros
de nenhum problema, segundo a companhia aérea.
Os aviões modernos são
projetados de modo que possam voar por longos períodos apenas com um motor,
caso um deles falhe. No entanto, a quebra de um motor que gere estilhaços pode
danificar outros componentes e sistemas da aeronave.
A Boeing enfrentou uma grave crise no ano passado, depois que
dois aviões 737 MAX, fabricados pela empresa, caíram minutos após a decolagem,
em acidentes que ocorreram com poucos meses de diferença.
Após a segunda queda, na Etiópia, o modelo foi proibido de voar
em dezenas de países, o que levou à sua retirada completa de operação. A
aeronave que caiu no Irã nesta quarta é um modelo diferente, o 737 800.
Da Redação de Yahoo Notícias, em 08.01.2020, às 05h33
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