Ao justificar
aumento nos gastos com cartão, Bolsonaro chama imprensa de "mau caráter”

Presidente Jair Bolsonaro reclama da imprensa após reportagens
que
revelam aumento no gastocom cartão corporativo
(Photo: by Andressa
Anholete/Getty Images)
O presidente Jair Bolsonaro justificou, nesta segunda-feira (11), o
aumento nos gastos corporativos da Presidência da República porque “teve de
enviar aviões à China para repatriação de brasileiros que estavam isolados em
Wuhan”, em razão do surto da Covid-19.
“A imprensa criticando o cartão
corporativo, mas são tão mau caráter que não fala que pagou parte dos três
aviões da FAB que foi para China”, afirmou.
Segundo matéria do jornal Folha de S. Paulo, os gastos com cartão
corporativo da Presidência da República foram maiores no governo Bolsonaro do
que nos de Michel Temer (MDB) e de Dilma Roussef (PT). No entanto, o governo
não detalha no Portal da Transparência a finalidade das despesas.
Na gestão Bolsonaro, os gastos vinculados ao Palácio do Planalto
aceleraram a partir de outubro do ano passado. O pico foi de R$ 1,9 milhão em
um único mês, em fevereiro de 2020.
Na gestão atual, gastou-se, em média, R$ 709,6 mil por mês, o que
representa uma alta de 60% em relação ao governo do emedebista e de 3% em
comparação com a administração da petista.
A fatura de Dilma, por mês, tinha uma média de R$ 686,5 mil, enquanto
Temer gastava em média R$ 441,3 mil mensais. Os dados são do Portal da
Transparência do governo federal, que reúne informações de 2013 a março de
2020.
Antes de assumir o governo, a equipe de Bolsonaro chegou a avaliar o fim
dos cartões corporativos, que desencadearam um escândalo político com
auxiliares do ex-presidente Lula. Os cartões corporativos, porém, ainda
continuam funcionando.
Por Ana Paula
Ramos, da Redação de Yahoo Notícias, publicado em 11.05.2020

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