Discurso
proferido pelo deputado Mauro Benevides na Câmara Federal, na sessão de ontem,
dia 27 de junho de 2013
Contratação de médicos estrangeiros
Senhor presidente, senhoras e senhores
deputados:
Dentre as
medidas anunciadas, esta semana, pela própria Presidente Dilma Rousseff, que
repercutiram intensamente em nosso País, figura a contratação de médicos
estrangeiros para atender a pacientes na esfera do SUS, com explicações
adicionais sobre o tema por parte do Ministro Alexandre Padilha, titular da
Pasta respectiva, ardoroso patroneador desta providência, objeto de reação da
AMB, adotada em reunião promovida em São Paulo e órgãos regionais da categoria.
Se, num
regime democrático, ouvir o clamor das ruas é norma imperativa para governantes
de todos os níveis hierárquicos, torna-se indispensável que a Primeira
Magistrada volte a escutar a reação emergida daqueles que já vêm empreendendo,
na vastidão do território nacional, uma missão nobilitante para qual se
prepararam em nossas Escolas Superiores, muitas delas de projeção e conceito
internacionais, pela competência dos que por elas se graduaram, cumprindo todas
as exigências curriculares.
Como o
Parlamento Nacional, mesmo com as suas falhas e omissões, é reconhecido pelo
esforço em manter sintonia com os anseios coletivos, entendi de meu dever
encarecer à Chefe do Poder Executivo um reexame dessa deliberação, que há
suscitado vigorosa insatisfação daqueles brasileiros que já vêm, devotadamente,
empreendendo essa tarefa, nos Hospitais, Santas Casas, Postos de Saúde e
Clinicas públicas e particulares, num verdadeiro sacerdócio, reconhecido por
toda a comunidade pátria.
Ao trazer
esse assunto ao Plenário da Câmara dos Deputados, o que realmente pretendo é
postular um reestudo da Própria Presidente Dilma Rousseff sobre questões tão
relevantes, diante de argumentos ponderáveis, nos quais se amparam os que
pretendem demonstrar clara insurgência contra tal abordagem, procedida no
âmbito federal.
Neste
Plenário soberano, dispus-me a trazer o assunto à colação, na expectativa de
que o Palácio do Planalto reveja a recente deliberação, indo ao encontro dos
que invocam, abalizadamente, esse inconformismo exteriorizado, de forma
indiscrepante, em todas as Unidades da Federação.
Se, em
outros itens, como a apressada ideia já malograda, de uma Constituinte
exclusiva para a Reforma Política, também a propalada convocação dos médicos
estrangeiros reclama uma nulificação, sem delongas, como confiam a classe
médica do País, da qual me torno, agora, voluntário intérprete, por entender a
justeza da postulação ora comentada.
MAURO BENEVIDES
MAURO BENEVIDES
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