ONU pede ação
imediata para reestabelecer a ordem no Maranhão
O Alto Comissariado das Nações Unidas para os
Direitos Humanos pediu hoje (8) que as autoridades brasileiras tomem ações
imediatas para restabelecer a ordem no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, na
capital do Maranhão, São Luís, que tem passado por crise carcerária desde o ano passado, e que foi intensificada nas últimas semanas.
De acordo com o órgão, é lamentável ter de
expressar preocupação com o "terrível" estado das prisões no Brasil.
Em nota, o Alto Comissariado recomenda a redução da superlotação dos presídios
brasileiros - não só no Maranhão - e o provimento de condições dignas aos
detentos.
"Pedimos que as autoridades brasileiras
conduzam investigações imediatas, imparciais e efetivas sobre esses eventos,
processem os responsáveis e tomem as medidas apropriadas para colocar em vigor
o Sistema Nacional de Prevenção e Combate à Tortura promulgado no ano
passado", declarou o Alto Comissariado, sobre as mortes no presídio
maranhense.
Em dezembro de 2013, a presidenta Dilma Rousseff
assinou o decreto presidencial que instituiu o Sistema Nacional de Prevenção e Combate à Tortura. No momento da assinatura, Dilma disse que o Estado brasileiro não aceita nem aceitará práticas de
tortura contra qualquer cidadão. Ontem
(7), a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR)
divulgou nota repudiando a violência no Maranhão.
Nesta semana, o Ministério Público do Maranhão
defendeu que o governo maranhense peça reforço de forças federais para controlar a situação no estado, enquanto o procurador-geral da República, Rodrigo
Janot, avalia se vai pedir intervenção do governo federal nos presídios maranhenses.
Após o agravamento da situação do Maranhão, a
organização não governamental (ONG) Anistia Internacional também manifestou preocupação com a crise carcerária. Hoje (8), o caso repercutiu negativamente na imprensa internacional, que considera desumana a situação dos presídios
brasileiros.
De Brasília - Carolina Sarres, da Agência Brasil - em 08/01/2014 , às 12h50



Nenhum comentário:
Postar um comentário