Cardozo e
Roseana anunciam medidas para melhorar situação de presídios maranhenses
A
governadora do Maranhão, Roseana Sarney, e o ministro da Justiça, José Eduardo
Cardozo, anunciaram hoje (9) um pacote de medidas com objetivo de resolver os
problemas no sistema carcerário do estado. Cardozo se reuniu com Roseana, em
São Luís, no início desta noite, para definir ações conjuntas envolvendo os
vários níveis de poder.
Entre
os 11 pontos anunciados, ficou acertada a criação de um comitê gestor da crise no
sistema carcerário, que deverá contar com medidas integradas dos poderes
Legislativo, Executivo e Judiciário locais.
A
Defensoria Pública, por exemplo, fará um mutirão para analisar a situação dos
presos a fim de colocar em liberdade os que cumpriram suas penas, além de
buscar alternativas penais, como monitoramento eletrônico, para os que forem de
menor periculosidade e estão em condições de receber esses benefícios. Essas
medidas poderão ajudar a desafogar o sistema prisional, que sofre com a superlotação.
O
ministro e a governadora também anunciaram que, até a próxima semana, será
organizada a transferência dos presos para presídios federais. O governo
federal já havia oferecido as vagas a fim de retirar das unidades prisionais
maranhenses os líderes das facções criminosas que deram as ordens para os atos
de terror na cidade.
Os
ataques resultaram na queima de ônibus e tiros contra delegacias em São Luís.
Uma criança morreu devido às queimaduras provocadas pelo fogo. Ela estava com a
mãe e uma irmã em um dos ônibus atacados. As duas também ficaram feridas e
ainda estão internadas.
Além
dos atos de violência contra a população, os presos divulgaram imagens de
colegas decapitados dentro dos presídios e denunciaram que mulheres de detentos
foram estupradas no interior das unidades prisionais nos dias de visita.
Em Brasília, o
Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (CDDPH), presidido pela
ministra Maria do Rosário, reuniu-se para discutir a situação dos presídios do
Maranhão. Organismos internacionais têm pressionado o governo brasileiro por
causa das constantes denúncias de violações de direitos humanos nas unidades
prisionais do estado e a morte de 60 presos no ano passado.
De Brasília - Mariana Jungmann, da Agência
Brasil - 09/01/2014 - 21h50,
atualizado 10/01/2014, às 07h08
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