A presidente Dilma Rousseff chega a Brasília depois do recesso do Ano
Novo no litoral baiano tendo que conciliar a forte pressão dos aliados por mais
espaço na reforma ministerial com a limitação de cargos. Se tivesse que atender
todos os pleitos, Dilma ultrapassaria a marca de 39 ministros, o que está fora
de cogitação.
O PMDB já avisou que deseja a Integração Nacional para o senador
paraibano Vital do Rego, além manter a pasta do Turismo com a bancada da
Câmara. O PTB já recebeu a promessa de que terá um cargo no primeiro escalão
para apoiar Dilma. O novo partido governista, o Pros, também deseja uma
pasta. Já pediu a Saúde para Ciro Gomes. Mas o PT vetou.
Já o PP também quer manter o Ministério das Cidades, que virou alvo de
cobiça dos peemedebistas nos últimos dias. O PRB também quer ficar com o
Ministério da Pesca, mesmo com a saída prevista de Marcelo Crivella para
disputar as eleições. Enquanto isso, o PR deseja recuperar os cargos de segundo
escalão do Ministério dos Transportes.
Ao mesmo tempo, Dilma precisa conciliar os interesses do próprio PT. Os
ministros Alexandre Padilha, da Saúde, e Fernando Pimentel, do Desenvolvimento,
querem ficar no cargo até março. Desejam visibilidade para só depois entrar na
disputa em São Paulo e Minas Gerais. Mas a chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann
sinalizou sua preferência de sair em janeiro para preparar a campanha no
Paraná. Aloizio Mercadante, da Educação, é o mais cotado para substituí-la.
Os principais conselheiros políticos da presidente reconhecem que será
preciso ceder para os aliados para garantir o tempo recorde no horário
eleitoral no rádio e televisão. Mas os problemas são tantos, que Dilma fixou
uma data elástica para fazer a reforma: entre a segunda quinzena deste mês, e o
carnaval, que acontece em março.
Do blog do Camarotti - Publicado às 7h24.

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