2014 será o Ano
Internacional da Agricultura Familiar
Em dezembro
passado, durante reunião, a Assembleia Geral da ONU declarou 2014 o Ano
Internacional da Agricultura Familiar. A agricultura familiar foi Eleita tema
do ano pelos 193 países membros da Organização das Nações Unidas (ONU), como
“resultado do reconhecimento do papel fundamental que esse sistema agropecuário
sustentável desempenha para o alcance da segurança alimentar no planeta".
Segundo informação
divulgada no último Boletim de Agricultura Familiar da Organização da ONU para
Alimentação e Agricultura (FAO), o objetivo é sensibilizar governos e
sociedades sobre a importância e a contribuição da agricultura familiar para a
segurança alimentar e a produção de alimentos.
Segundo a Secretária
da Agricultura e Pecuária de Sobral, Luíza Barreto, a cada ano, crescem os
investimentos do município na área da Agricultura Familiar que em 2013 obteve
resultados positivos e promissores. “A proposta para 2014 é de duplicar estes
investimentos, em consonância com as comemorações ao Ano Internacional da
Agricultura Familiar, porque acreditamos no setor e o quanto estes
investimentos tem contribuído com a melhoria da qualidade de vida na zona rural
de forma responsável e sustentável. Investir recursos no setor é reconhecer a
importância estratégica da agricultura familiar para a inclusão produtiva e
para a segurança alimentar de Sobral e da região norte do estado gerando
emprego e renda”.
A agricultura familiar no Brasil
“A agricultura
familiar é hoje responsável por 70% dos alimentos consumidos pelos brasileiros.
De acordo com o Censo Agropecuário de 2006 – o mais recente feito no país -,
são fornecidos pela agricultura familiar os principais alimentos consumidos
pela população brasileira: 87% da produção nacional de mandioca, 70% da
produção de feijão, 46% do milho, 38,0% do café, 34% do arroz, 58% do leite,
possuíam 59% do plantel de suínos, 50% do plantel de aves, 30% dos bovinos, e
produziam 21% do trigo.
No Censo
Agropecuário de 2006 foram identificados 4,3 milhões de estabelecimentos de
agricultores familiares, o que representa 84,4% dos estabelecimentos
agropecuários brasileiros. Este segmento produtivo responde por 10% do Produto
Interno Bruto (PIB), 38% do Valor Bruto da Produção Agropecuária e 74,4% da
ocupação de pessoal no meio rural (12,3 milhões de pessoas)”.
Saiba mais:
“Pela lei brasileira
(11.326/2006) que trata da agricultura familiar, o agricultor familiar está
definido como aquele que pratica atividades ou empreendimentos no meio rural,
em área de até quatro módulos fiscais, utilizando predominantemente mão-de-obra
da própria família em suas atividades econômicas. A lei abrange também
silvicultores, aquicultores, extrativistas e pescadores, investimento e produção no
setor, combinando a antiga sabedoria dos agricultores familiares com a evolução
tecnológica moderna.A declaração inédita para o setor é resultado do
reconhecimento do papel fundamental que esse sistema agropecuário sustentável
desempenha para o alcance da segurança alimentar no planeta.“De acordo com
dados de 2007 do Banco Mundial, “atualmente há três milhões de pessoas que
vivem em zonas rurais cuja maioria se dedica à agricultura ou à pecuária
familiar e tem essa produção como principal meio de subsistência, porém têm
acesso limitado à terra e a outros recursos financeiros e tecnológicos
necessários para fazer da agricultura familiar uma empresa viável”.
“O documento final da
Conferência Mundial de Agricultura Familiar, realizada em outubro do ano
passado, intitulado “Alimentar o mundo, cuidar do planeta”, dá conta de que atualmente
há 1,5 milhão de agricultores familiares trabalhando em 404 milhões de unidades
rurais de menos de dois hectares; 410 milhões cultivando em colheitas ocultas
nos bosques e savanas; entre 100 e 200 milhões dedicados ao pastoreio; 100
milhões de pescadores artesanais; 370 milhões pertencem a comunidades
indígenas. Além de mais 800 milhões de pessoas que cultivam hortas urbanas. No
Brasil, segundo o Censo Agropecuário de 2006, entre 1996 e 2006, havia 13,7
milhões de pessoas ocupadas na agricultura familiar.” (Fontes: MDA e FAO).
Da SEAGRI: Fábio Frota, por E-mail, para o blog
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