Entra em
vigor ampliação da cobertura de planos de saúde
Entrou
em vigor a partir de ontem, (2), a ampliação da cobertura obrigatória para beneficiários
de planos de saúde, que inclui 37 medicamentos orais
para tratamento domiciliar de câncer, além de 50 novos
procedimentos como exames, consultas e cirurgias. As
mudanças foram anunciadas em outubro pela Agência Nacional de Saúde Suplementar
(ANS).
É
a primeira vez que os planos de saúde terão que cobrir os custos com
medicamentos via oral para o tratamento do câncer em casa. Com essa inclusão,
passam a ser ofertados remédios para o tratamento de tumores de grande
prevalência na população, como: estômago, fígado, intestino, rim, testículo,
mama, útero e ovário. De acordo com a ANS, a forma de distribuição desses
medicamentos ficará a cargo de cada operadora de plano de saúde.
Entre
as inclusões na cobertura dos planos estão 28 cirurgias por videolaparoscopia
(que reduzem o risco para o paciente e o tempo de internação), a
obrigatoriedade de fornecimento de bolsas coletoras intestinais e urinárias
para pacientes ostomizados, o tratamento de dores crônicas nas costas
utilizando radiofrequência e o tratamento de tumores neuroendócrinos por
medicina nuclear.
A
ANS também definiu 22 critérios para o uso adequado de tecnologias no
rastreamento e tratamento de 29 doenças genéticas. A medida amplia a cobertura
obrigatória, com exames mais complexos.
A
cobertura odontológica também foi ampliada com a inclusão de enxertos
periodontais, teste de identificação da acidez da saliva e cirurgia de gengiva
para facilitar a higienização dentária.
Além
das inclusões, a ANS ampliou o uso de 44 procedimentos já ofertados. Entre
eles, o exame PET Scan (procedimento que serve para detecção
precoce de tumores ou de novos focos),que passa de três para oito indicações. O
número de consultas e sessões com fonoaudiólogo e nutricionista também foi
ampliado para casos específicos.
A
cada dois anos, a agência revisa a lista mínima de procedimentos cobertos pelas
operadoras. A ampliação atual beneficia 42,5 milhões de consumidores com plano
de saúde de assistência médica e mais 18,7 milhões com planos exclusivamente
odontológicos, de acordo com a ANS.
No
caso de operadoras que não cumprirem a cobertura obrigatória, os consumidores
devem entre em contato com o Disque ANS, no 0800 701 9656, para fazer denúncias
ou comparecer a um dos 12 núcleos da agência instalados em todas as regiões do
país. A ANS informa que as operadoras que não cumprirem a cobertura estão
sujeitas a multa de R$ 80 mil por infração cometida.
A agência preparou um documento com perguntas
e respostas para esclarecer dúvidas dos consumidores sobre
o novo rol de procedimentos.
Em nota, a Federação Nacional de Saúde Suplementar
(FenaSaúde), entidade que reúne operadoras de planos de saúde, informou que a
revisão do rol de procedimentos tem efeito sobre os custos, com previsão de
crescimento das despesas das operadoras de saúde. Os impactos financeiros
reais, no entanto, só poderão ser medidos a partir do próximo ano, de acordo
com a federação.
“Os impactos dessas incorporações só poderão ser
medidos a partir do ano subsequente ao início das novas coberturas obrigatórias,
com o acompanhamento de sua execução. Mas o ideal seria que, previamente à
incorporação desses procedimentos, a ANS analisasse a relação de
custo-efetividade das novas incorporações, garantindo resultados assistenciais
favoráveis aos beneficiários dos planos e, ao mesmo tempo, preservando o
equilíbrio do sistema", diz a nota.
De acordo com a ANS,
a inclusão das novas coberturas é avaliada por um ano e, caso a agência
identifique impacto financeiro, este será avaliado no reajuste do ano seguinte,
que é 2015. Pelas regras atuais, a ANS estabelece o reajuste apenas para os
planos individuais e familiares e pode apenas sugerir o reajuste para os planos
coletivos, que atendem a maior parte dos usuários.
De Brasília – Yara Aquino, Agência
Brasil - 02/01/2014 - 10h49 – Atualizada
03/01/2014, às 09h30



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