Discurso
proferido pelo Deputado Mauro Benevides na Câmara, na sessão de 24 de fevereiro
de 2014
PEC das Comarcas
Senhor Presidente,
Senhoras e senhores deputados:
Depois da consagradora votação que
caracterizou a aprovação da chamada PEC das Comarcas, na passada quarta-feira,
já foi decidido pela Mesa que a matéria retornará, ao segundo turno, no próximo
dia 12 de março, quando se espera a reedição da estrondosa vitória, que
alcançou enorme repercussão junto à população brasileira, que já aguarda a nova
deliberação, desde a passada legislatura.
Não é demais recordar que mesmo
antes da elaboração da aludida PEC, houve aprofundada pesquisa, confiada ao
IPEA, segundo a qual, apenas em 28% das cidades brasileiras, existia Defensor
Público, o que mostra a delonga no cabal cumprimento do que estabelece o artigo
134 da Carta Cidadã, da qual me honro de haver sido o segundo signatário,
antecedido, apenas, pelo extraordinário brasileiro, Ulysses Guimarães,
responsável pela reconstitucionalização ao País, o que ocorreu em 5 de outubro
de 1988, através da promulgação da cognominada Carta Cidadã.
Em sua proficiente atuação, a
Defensoria, quer a da União e a das Unidades Federadas, credenciou-se à
admiração e ao respeito de todos os brasileiros, notadamente os carentes
e necessitados, que tiveram os seus direitos, patroneados por aqueles
que se entregam a esse árduo mister, junto a Juízos e Tribunais, quando se
esgotam as audiências de mediação e conciliação, termo inicial da defesa,
diante de direitos indevidamente conspurcados.
Como relator que fui da Lei
Complementar nº 134, de 2008, pude avaliar a relevância das tarefas cometidas a
tais profissionais, o que me compele a postular a aprovação da PEC 247, de que
fui autor, juntamente com os eminentes colegas, Alessandro Mollon e André
Moura, além de outros 210 signatários, todos apoiando a louvável ideia.
É de esperar, portanto, que pela
justeza incontestável desta causa, nenhum obstáculo emergirá neste segundo
TURNO, reprisando-se, assim, o placar consagrador de 388 votos e apenas 2 abstenções.
A porfia quotidiana, cumprida pela
Defensoria Pública, está a merecer a chancela indiscrepante desta Casa,
ensejando o encaminhamento do Autógrafo á outra Casa, como assim o exige o
sistema bicameral imperante entre nós.
Esta matéria é realmente
nobilitante e o grande beneficiário será o povo brasileiro, por seus segmentos
mais sofridos, amparados que serão pelos Defensores Públicos, sempre cônscios
de suas imensas responsabilidades, como operadores do Direito.
MAURO BENEVIDES
Deputado Federal
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