Juiz autoriza novo
inquérito contra Andrea Matarazzo no caso Alstom
Servidores são
investigados por suposto esquema de propinas da empresa.
Também serão investigados executivos e ex-presidente da Eletropaulo.
Também serão investigados executivos e ex-presidente da Eletropaulo.
O juiz federal
Marcelo Cavali, da 6ª Vara Criminal, autorizou em decisão publicada nesta
terça-feira (18) a abertura de inquérito para investigar o vereador Andrea
Matarazzo (PSDB), ex-secretário de energia do governo do estado de São Paulo,
por participação em um suposto esquema de pagamento de propinas a funcionários
públicos pela empresa francesa Alstom.
Também serão
investigados Eduardo José Bernini (então presidente da Eletropaulo) e os
ex-executivos da multinacional Michel Louis Charles Mignot, Yves Jaques Marie
Barbier de La Serre e Patrick Paul Ernest Morancy.
A Justiça
Federal de São Paulo abriu processo criminal nesta terça (18) e
tornou réus 11 acusados de participar do suposto esquema, que teria ocorrido
entre 1998 e 2002, durante os governos Mário Covas e Geraldo Alckmin.
Na denúncia, o
Ministério Público Federal diz que servidores públicos de São Paulo receberam
cerca de R$ 23,3 milhões, em valores atualizados, para garantir um aditivo de
contrato referente ao setor de energia entre 1998 e 2002.
Na época do
aditivo, o secretário de Energia era Andrea Matarazzo. A Polícia Federal chegou
a indiciá-lo no inquérito que foi repassado ao MPF, que entendeu que não havia
provas suficientes para denunciá-lo.
Os procuradores
da República Rodrigo de Grandis e Andrey Borges de Mendonça pediram a
instauração de um inquérito policial autônomo para, de posse de informações que
ainda devem chegar da Suíça, concluir se não houve participação de Matarazzo e
dos demais dirigentes da multinacional.
A defesa de
Matarazzo sustentou que o “novo inquérito trataria de fato indeterminado” e que
se trata de “homem público, que se vê ilegitimamente submetido a alto grau de
constrangimento, em época de proximidade do pleito eleitoral”.
O juiz, em sua
decisão, afirmou que “no que diz respeito especificamente a Andrea Matarazzo,
pessoas submetidas a sua esfera de comando hierárquico foram tidas como
beneficiárias de propinas”.
“Além disso, há
ao menos indício de que o próprio partido político ao qual é filiado e a
própria Secretaria de Energia dirigida por ele - conquanto em curto espaço de
tempo - tenham sido beneficiários de valores indevidos”, escreveu na decisão.
“Se não houver prova suficiente de sua participação - ou mesmo se houver prova
de sua inocência -, certamente o novo inquérito instaurado haverá de ser
arquivado.”
Rosanne D'Agostino , Do G1, em São Paulo, em 18/02/2014 16h11 -
Atualizado em 18/02/2014 18h42
Nenhum comentário:
Postar um comentário