Dilma diz que não tem
pressa para fazer reforma ministerial
A presidenta Dilma Rousseff disse
hoje (12), que não fará imediatamente a reforma ministerial para montar a
equipe de seu segundo mandato. Segundo ela, não há um prazo para que as
mudanças comecem. Dilma também comentou a decisão da ministra Marta Suplicy de
entregar a carta de demissão quando a presidenta deixou o Brasil em viagem
oficial. Ela disse que conversou com Marta antes de viajar e conhecia o teor da
carta.
“Não estabeleci prazo e não vou
fazer a reforma [ministerial] imediatamente, vou fazê-la por partes”, disse a
presidenta a jornalistas em Doha, no Catar.
Na avaliação da presidenta, Marta
Suplicy não teve qualquer atitude incorreta na forma como entregou a carta de
demissão. “Ela me disse o teor da carta antes de eu viajar, mas logo depois que
fui reeleita a ministra falou comigo que sairia. Ela não fez nada de diferente,
não teve nenhuma atitude incorreta, ela me disse que sairia e eu aceitei.
Acertamos que ela me enviaria uma carta, a estrutura de praxe”, disse.
Sobre o trecho onde Marta diz que
os brasileiros desejam que a presidenta seja iluminada na escolha de sua equipe
de trabalho e que a equipe econômica possa resgatar a confiança e credibilidade
ao seu governo, Dilma se limitou a dizer que “essa é uma opinião dela e as
pessoas têm direito a dar opinião”.
Perguntada por jornalistas se há
preocupação em relação investigação sobre a Petrobras nos Estados Unidos, a
presidenta respondeu que não. “Não. Isso faz parte das regras do jogo. Empresas
cotadas na Bolsa de Nova York tem de prestar contas segundo as regras da Bolsa
de Nova York, que também não são muito diferentes das brasileiras. Além disso,
os Estados Unidos têm de investigar se tem cidadãos americanos envolvidos em
alguma irregularidade”, avaliou.
No Catar, Dilma se reuniu com o
emir do país, xeque Tamim Bin Hamad Al Thani, e com a xeica Mozah Bint Nasser.
Ela relatou que um dos temas discutidos com o emir foi a crise no Oriente
Médio. Com a Xeica, tratou de educação e destacou as conversas sobre cooperação
para o Programa Ciência sem Fronteiras.
Do Catar, a presidenta Dilma
segue para a Austrália, onde participará, nos dias 15 e 16, da reunião do G20 –
grupo que reúne os líderes das 20 maiores economias do mundo. “O G20 é sobre
como se prossegue na reforma do Fundo Monetário e como se traduz o desejo do
G20 de um desenvolvimento sustentável e equânime, como isso se traduz em
medidas concretas. Acho que o emprego vai ser um foco muito forte”, disse.
De Brasília, Yara Aquino
– Repórter da Agência Brasil, 12/11/2014, às 14h34
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