Ministra
está disposta a conversar com deputados sobre orçamento
A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, participou,
ontem, do programa Cenas do Brasil, da TV NBR,(Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)
ontem, do programa Cenas do Brasil, da TV NBR,(Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)
A ministra do Desenvolvimento
Social e Combate à Fome, Tereza Campello, disse nessa terça-feira (20) que está
disposta a mostrar para os deputados os dados e informações sobre o Bolsa
Família para que os recursos previstos na proposta de Lei Orçamentária da União
para 2016, da ordem de R$ 28,8 bilhões, sejam mantidos. A declaração da
ministra foi em decorrência da afirmação do relator do Orçamento do ano que
vem, deputado Ricardo Barros (PP-PR), de que está analisando um possível corte
de R$ 10 bilhões na verba do Bolsa Família.
“Nós estamos à disposição para
mostrar para os nossos deputados, para ir lá mostrar todas as informações e
garantir que esse recurso continue no Orçamento porque as famílias precisam, e
nós queremos que elas continuem recebendo”, disse. “Eu acredito que a gente
precisa conversar muito porque temos muita convicção de que os recursos do
Bolsa Família estão estimados corretamente para o ano que vem”, acrescentou. A
ministra conversou com os jornalistas após participar do programa Cenas do
Brasil da TV NBR.
Durante o programa, Tereza
Campello fez um balanço do Bolsa Família que hoje mantém 17 milhões de crianças
nas escolas e possibilita acompanhamento médico a 9 milhões de famílias.
Segundo a ministra, hoje o programa gasta cerca de 0,5% do Produto Interno
Bruto para atender a cerca de 14 milhões de famílias. “Cinquenta milhões de
pessoas. Metade tem menos de 18 anos de idade”, afirmou.
Ela falou também sobre o impacto
do programa na população, destacando um estudo que mostra a importância do
Bolsa Família no combate à tuberculosa e hanseníase. “O Brasil tem conseguido,
no público do Bolsa Família, detectar, curar e prevenir a hanseníase e a
tuberculose, que são duas doenças com difícil tratamento. A gente nunca
imaginou, quando foi montar o Bolsa Família, que a gente
ia ter impacto em hanseníase e tuberculose. E hoje temos como
comprovar isso”.
A presidenta da Caixa Econômica Federal, Miriam Belchior, também participou do programa
Cenas do Brasil, da TV NBR. Ela disse que o banco está lançando um aplicativo
Cenas do Brasil, da TV NBR. Ela disse que o banco está lançando um aplicativo
que vai melhorar a comunicação com os beneficiários do Bolsa Família
(Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)
A presidenta da Caixa
Econômica Federal, Miriam Belchior, também participou do programa e disse que o
grande desafio do Bolsa Família é a comunicação com os beneficiários e, nesse
sentido, ela informou que o banco está lançando um aplicativo que vai melhorar
essa comunicação. Com ele, segundo ela, será possível mandar mensagens
para os beneficiários. A ferramenta ajuda também a dar informações
diminuindo as dúvidas que chegam às centrais de atendimento.
“São 2 milhões e 800 mil ligações
por mês que as centrais recebem. O aplicativo cobre 83% das informações
solicitadas nessas ligações. São o valor do beneficio, o calendário, quando vai
ser a data do pagamento, qual a situação do benefício, o espaço da Caixa mais
perto para receber o benefício”, afirmou Miriam Belchior. A ferramenta está
disponível para download gratuito em celulares com sistemas operacionais
Android, Windows Phone e IOS.
O representante da Organização
das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) no Brasil, Alan Bojanic,
que também participou do Cenas do Brasil da TV NBR, afirmou que
o Bolsa Família é uma referência mundial em programa de transferência de renda.
“Muitos países da África copiaram
o modelo brasileiro de transferência de renda, de proteção social. Etiópia,
Senagal. Muitos países que se interessaram pelo programa vieram para o Brasil e
também com a capilaridade da FAO. A FAO promoveu esse tipo de programas de
renda, adaptou para as condições desses países”.
O Bolsa Família completou ontem
12 anos de existência. O programa é direcionado a famílias em situação de
pobreza (renda por pessoa entre R$ 77,01 e R$ 154 por mês) e extrema pobreza
(renda por pessoa de até R$ 77 por mês). Atualmente, são atendidas mais de 13,9
milhões de famílias em todo o país.
De Brasília, Michèlle
Canes - Repórter da Agência Brasil21/10/2015 00h42
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