Manifestantes ocupam
Ministério das Cidades
Manifestantes ligados a
movimentos sociais ocupam o Ministério das Cidades
(Foto: Elza
Fiúza/Agência Brasil)
Integrantes de diversos
movimentos sociais do campo ocupam neste momento o prédio do Ministério das
Cidades. A ocupação começou por volta das 6h de hoje (20) e os manifestantes
prometem permanecer no local até serem recebidos pelo governo.
Na pauta de reivindicações está a
retomada das ações do programa Minha Casa Minha Vida - Rural. O déficit de
habitações no campo brasileiro, segundo o movimento, passa de 35 mil unidades.
Os manifestantes também exigem a ampliação dos repasses para reforma e
ampliação da habitação rural.
“São mais de seis movimentos do
campo, numa luta unitária reivindicando aquilo que nos é de direito”, disse o
integrante da coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem
Terra, Alexandre Conceição. “Só sairemos daqui com um resultado concreto".
A estimativa de Conceição é de
que cerca de 1.500 pessoas participam da ocupação, liderada por movimentos como
o próprio MST, a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura e o
Movimento Camponês Popular. A Polícia Militar do Distrito Federal não divulgou
um número aproximado de ocupantes, uma vez que grande parte deles permanece nas
instalações internas do ministério.
Em nota, o Ministério das Cidades diz que, juntamente com o governo federal, não apenas reconhece a legitimidade como mantém parcerias com todos os movimentos sociais organizados para avançar na implementação de políticas públicas que garantam o acesso à casa própria, à terra urbanizada e a serviços públicos básicos, como água tratada, esgotamento sanitário, educação e atendimento médico.
Em nota, o Ministério das Cidades diz que, juntamente com o governo federal, não apenas reconhece a legitimidade como mantém parcerias com todos os movimentos sociais organizados para avançar na implementação de políticas públicas que garantam o acesso à casa própria, à terra urbanizada e a serviços públicos básicos, como água tratada, esgotamento sanitário, educação e atendimento médico.
De acordo com o texto, desde
o início do programa Minha Casa, Minha Vida, o governo federal já
investiu R$ 270 bilhões na construção e contratação de 4,1 milhões de moradias,
das quais pelo menos 60 mil unidades por meio de projetos propostos por
entidades sociais.
Nas áreas rurais, o programa já
contratou quase 167 mil unidades, das quais foram entregues mais de 85 mil.
Recentemente, o governo federal garantiu o acesso ao Minha Casa, Minha Vida
para assentados da reforma agrária, por meio de portaria interministerial.
A portaria inclui os
agricultores familiares do Fundo de Terras e da Reforma Agrária, do Programa
Cédula da Terra e do Banco da Terra entre os beneficiários do Minha Casa, Minha
Vida Rural.
A terceira fase do programa, que
já foi apresentada aos movimentos sociais em reunião pública na Presidência da
República, vai ampliar essa parceria e permitirá atender, nos próximos
anos, a quase 15% da população brasileira. "Reafirmamos a parceria e
o diálogo permanente para que, juntos, possamos ampliar essa atuação conjunta e
avançar no atendimento da população que mais precisa de investimentos públicos,
além de continuar promovendo a inclusão social", acrescenta a nota.
O ministro das Cidades, Gilberto
Kassab, e a equipe técnica do ministério já se reuniram com representantes dos
movimentos sociais. Uma nova audiência foi marcada para as 16h de hoje.
De Brasília, Paula
Laboissière - Repórter da Agência Brasil, 20/10/2015, às 10h05
(Dr. Luís Henrique Correia Lima de Oliveira)
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