Conselho de Ética
decide semana que vem se acata representação contra Jucá
O senador João Alberto Souza decidirá na semana que vem sobre
a admissibilidade
da representação contra Jucá (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
da representação contra Jucá (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
O presidente do Conselho de Ética
do Senado, João Alberto Souza (PMDB-MA), disse à Agência Brasil que na
próxima segunda (6) ou terça-feira (7) vai decidir sobre a admissibilidade da
representação contra o senador Romero Jucá (PMDB-RR) por quebra de decoro
parlamentar.
A representação foi
apresentada pelo PDT após a divulgação dos áudios com de conversas entre Jucá e
o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. Nas conversas, gravadas por
Machado, o senador sugere um "pacto para estancar a sangria" causada
pela Operação Lava Jato. As conversas resultaram na saída de Jucá do comando
Ministério do Planejamento um dia após a divulgação dos áudios.
O PDT destacou no documento
entregue ao Conselho de Ética que a situação de Jucá é semelhante à do
ex-senador Delcídio do Amaral (sem partido -MS), que foi cassado após ter sido
flagrado em gravações oferecendo um plano de fuga e uma mesada para o
ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, em troca de ele não fechar acordo de
delação premiada com o Ministério Público.
De acordo com a Resolução nº 20
de 1993 do Conselho de Ética, João Alberto teria cinco dias úteis para se
manifestar sobre a representação a partir da entrega ao Conselho de Ética. O
prazo foi encerrado na última terça (31). Mas o senador entende que a contagem
só começou no dia 31, quando tomou conhecimento da representação pela
secretaria do colegiado.
Romero Jucá negou que tenha tentado obstruir as investigações
da Lava Jato
(Foto: Antonio Cruz/Arquivo/Agência Brasil)
João Alberto disse que aguarda
apenas um parecer jurídico pedido à Advocacia-Geral do Senado para tomar sua
decisão e que ainda não tem uma opinião formada sobre o assunto. Ao longo da
semana, o senador afirmou que os casos de Delcídio e Jucá são diferentes. Para
ele, o fato de Delcídio ter sido preso e ter tido a prisão referendada pelo
Senado foi um agravante. O senador disse que, nos áudios divulgados pela
imprensa, entendeu que Romero Jucá estava apenas emitindo opiniões.
Caso João Alberto decida pelo
arquivamento da representação, a única maneira de o processo contra Jucá ser
aberto é se for aprovado um recurso ao plenário do conselho contra a decisão.
Para ser apresentado, no entanto, o recurso teria que ser apoiado por, no
mínimo, cinco dos demais 14 integrantes do colegiado.
Após a divulgação da gravação,
Jucá negou que tenha tentado obstruir as investigações da Lava Jato. “Nunca
cometi nem cometerei qualquer ato para dificultar qualquer operação, seja Lava
Jato, ou qualquer outra”, disse Jucá.
De Brasília, Karine Melo
– Repórter da Agência Brasil, 03/06/2016, às 13h54
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