Cardozo entrega
no fim da tarde nova defesa de Dilma
Comissão no Senado analisa processo de impedimento de Dilma
Rousseff e aguarda
entrega da defesa prévia (Foto: Marcelo Camargo/Agência
Brasil)
Termina hoje (1º) o prazo de 20
dias dado para a presidente afastada Dilma Rousseff apresentar defesa prévia na segunda
etapa do processo de impeachment, em análise no Senado. A expectativa
é que às 17h o ex-advogado geral da União José Eduardo Cardozo, responsável por
defender a petista desde o trâmite do processo na Câmara dos Deputados, venha
pessoalmente entregar o documento à Comissão Processante do Impeachment.
Amanhã (2), o colegiado se reúne
para discutir o cronograma de atividades dessa etapa, chamada de pronúncia. É
nesse momento que são reunidas todas as provas favoráveis e contrárias ao
processo, diligências também podem ser feitas. Haverá ainda um momento para que
a acusação reapresente seus argumentos e também para que Dilma Rousseff se
defenda pessoalmente ou por meio de advogados. A partir daí, os parlamentares
decidem se a denúncia contra Dilma procede e se ela deve ser levada a
julgamento final.
Uma proposta de cronograma foi
apresentada pelo relator do colegiado, senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), na
semana passada, mas devido a um pedido de vista feito por senadores contrários
ao impedimento de Dilma, que reclamam menos pressa na condução do processo, o
calendário só será confirmado amanhã na reunião da comissão.
Anastasia defende que no dia 27
de julho ocorra a votação na comissão do parecer, que vai indicar se há
comprovação da prática de crime de responsabilidade pela presidente afastada.
Segundo o tucano, o plenário da Casa terá condições de votar o relatório da
pronúncia até 2 de agosto. Tanto na comissão quanto no plenário, mais uma vez,
a votação será por maioria simples, metade mais um dos senadores presentes na
sessão.
Defesa
Na peça de defesa de Dilma, que
só foi finalizada na madrugada, Cardozo deve reforçar a tese de que os atos
pelos quais a presidente afastada é acusada não configuram crime de
responsabilidade e que o processo de impeachment tem “vícios de
origem”, porque, segundo ele, é motivado por “vingança do presidente afastado
da Câmara” Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Para Cardozo, Cunha voltou-se contra Dilma
depois de não obter apoio de petistas para barrar o processo contra ele no
Conselho de Ética na Casa.
De Brasília, Karine Melo
- Repórter da Agência Brasil, 01/06/2016, às 12h27
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