PSDB mantém
Aécio afastado da presidência do partido; Tasso permanece interino
O presidente
licenciado do PSDB, senador Aécio Neves, anuncia que Tasso Jereissati
permanecerá
na presidência
interina do partido (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
O senador Tasso Jereissati (CE) continuará como
presidente interino do PSDB até a escolha de um novo nome para comandar a
legenda. A decisão foi anunciada nesta quinta-feira (2) pelo senador Aécio
Neves (PSDB-MG), que permanecerá licenciado do cargo. “Fiz um apelo em nome da
unidade do partido para que o senador Tasso Jereissati continue como presidente
do partido e conduza aquilo que é essencial: uma grande discussão do programa
partidário junto com vários setores da sociedade civil para que o PSDB volte a
representar o que sempre representou e foi essencial ao país”, afirmou.
A ideia, segundo os tucanos, é que o partido
antecipe para o fim do ano a renovação do programa do partido e as convenções
municipais e estaduais da legenda.
Pelo cronograma acertado, inclusive com o
governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, os tucanos querem fazer até dezembro
a convenção nacional do PSDB para renovação de toda a direção do partido e para
apresentação do pré-candidato tucano à presidência da República em 2018.
Questionado se a decisão de manter-se licenciado da
presidência do PSDB tem relação com as denúncias vinculadas à delação premida
do dono da JBS, Joesley Batista, Aécio desconversou. “Essa questão está sendo
tratada na Justiça e ela será tratada”, afirmou.
Nas investigações, o senador foi flagrado
negociando com Joesley o recebimento de R$ de 2 milhões, entregues a seu primo
Frederico Pacheco, que cumpre prisão domiciliar. Na última segunda-feira (31)
Aécio teve um novo pedido de prisão feito
pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
Apoio ao governo
Defensor da saída do PSDB da base do governo Temer,
Tasso Jereissati disse que o partido, que está no comando de quatro
ministérios, não faz questão dos cargos. “Se o presidente da República quiser
tirar todos os nossos ministros é problema dele. O partido não faz questão
desses ministérios, que fique bem claro”, ressaltou.
Apesar disso, Jereissati declarou apoio às reformas
que estão sendo discutidas. “Nós vamos continuar, independentemente de qualquer
coisa, aprovando todos aqueles projetos que são do interesse do país. Como, por
exemplo, a reforma da Previdência, reforma política, reforma tributária, como
nós fizemos até hoje. O que nós não precisamos é de cargo para fazer isso”,
disse destacando que nessas matérias os tucanos devem ter “votos homogêneos e
maciços”.
De Brasília, Karine Melo -
Repórter da Agência Brasil, 03/08/2017 14h40
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