Propina dos portos pagou a compra de
deputados?

Uma nota publicada nesta terça-feira 3 pela jornalista Sonia Racy, no Estado de
S.Paulo, informa que, no período de preparação do golpe, o empresário Gonçalo
Torrealba, dono do grupo Libra, recebia semanalmente o ex-deputado Eduardo
Cunha, principal articulador do golpe que derrubou Dilma Rousseff.
Coincidentemente, sempre com carros-forte por perto.
"As aparições do deputado no prédio – na rua Dias Ferreira, no
Leblon, Rio – coincidiam com a presença de carro-forte estacionado na mesma
rua. Vale registrar que no mesmo edifício estavam instalados escritórios (mas
não agências) de dois bancos diferentes", relata a jornalista. "Antes
de desembarcar ontem no Rio – onde foi ouvido na Superintendência da PF – Gonçalo
estava no seu haras em Kentucky – no qual investiu US$ 200 milhões",
lembra ainda.
Quando estava na Presidência, Dilma Rousseff tentou evitar a propina de
Michel Temer no Porto de Santos, não permitindo com que empresas do setor em
dívida com a União, como o grupo Libra, que devia mais de R$ 1 bilhão,
renovassem suas concessões. Ela chegou a demitir o então ministro Edinho Araújo,
indicado por Temer.
No entanto, após o afastamento de Dilma, Temer reconduziu Edinho ao
cargo e ele, em seus últimos dias no posto, renovou a concessão do grupo Libra.
Na última quinta-feira, a principal executiva do grupo, Celina Torrealba foi
presa, Edinho, que é prefeito de São José do Rio Preto (SP), foi chamado a
depor e Temer viu seus principais operadores de propinas serem presos.
De São Paulo, Sonia Racy, em nota publicada no Estado
de S. Paulo, em 03/04/2018, às 15h57
(Clic na imagem inferior, para ampliá-la)
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