Fim da paralisação não está assegurado,
dizem líderes dos caminhoneiros
O
anúncio do governo de que foi conseguida uma trégua de 15 dias na greve dos
caminhoneiros não é assegurado por líderes do movimento. Eles dizem que a
categoria ainda vai analisar a proposta e que isso leva algum tempo.
“Apesar
de o governo ter anunciado o fim do movimento dos caminhoneiros, os líderes da
categoria que assinaram o acordo estão reticentes e não asseguram, ao final do
longo e tenso dia de reuniões, no Planalto, que seus filiados voltarão ao
trabalho, nesta sexta-feira, liberando estradas e voltando a transportar as
mercadorias. “Assumimos o compromisso e vamos repassar ainda hoje, na íntegra,
para todos eles. Mas é a categoria que vai analisar e é o entendimento deles é
que vai dizer se isso foi suficiente ou não. O que estou dizendo para eles é
que chegamos aqui com duas reivindicações e saímos com 14 e houve uma
sensibilidade do governo no atendimento às reivindicações”, declarou o
presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores Autônomos (CNTA), Dilmar
Bueno, sem querer assegurar em momento algum que a categoria iria voltar às
atividades nesta sexta.
Os
presidentes das Federações de Transportadores Autônomos de São Paulo e Minas
Gerais, Norival de Almeida e Silva e Gilmar Carvalho, estavam bem mais pessimistas.
“Saio preocupado. Acho que podem não aceitar”, desabafou, desanimado, Gilmar
Carvalho, avisando que “é a categoria quem decide” e salientando vai apresentar
a eles o que conseguiram e tentar mostrar os avanços. “Mas o valor viável do
combustível, não existe”, lamentou.”
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De Brasília, Brasil 247, 25/05/2018, às 04h30
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