França e
Bélgica fazem hoje duelo técnico e tático em São Petersburgo
A primeira partida da semifinal terá, nesta terça-feira (10), dois dos
times mais regulares desta Copa do Mundo. De um lado estará a França, que
venceu todos os jogos e não foi realmente ameaçada no campeonato até agora. Do
outro, a Bélgica, que desfilou pela fase de grupos sem nenhum problema, se
classificou no sufoco contra o Japão, quando se esperava um jogo fácil. Contra
o Brasil, fez uma partida sólida novamente, quando venceu mostrando qualidade
técnica e comprometimento tático.
“Foi muito gratificante ver, no jogo contra o Brasil, os jogadores
executando meu plano de uma forma tão boa. Eles mostraram muita inteligência e
capacidade de adaptação”, disse o treinador da Bélgica, Roberto Martinez, que
deverá mostrar uma atuação diferente no jogo contra a França.
O técnico francês Didier Deschamps terá o time todo à disposição,
enquanto Martinez não poderá contar com o zagueiro Meunier, suspenso com dois
cartões amarelos. Segundo Deschamps, não é só a Bélgica que tem poder de
adaptação ao adversário.
“Estaremos prontos e nos adaptaremos à organização belga, seja qual for,
em razão da ausência de Meunier. A Bélgica não está aqui por acaso. Eu preparei
meus jogadores para diferentes possibilidades e não é só pensando na Bélgica.
Eu trabalho nisso, independentemente do adversário”.
Dos dois lados existem craques que podem decidir uma partida. A Bélgica
tem Lukaku, Hazard e De Bruyne, jogadores versáteis e habilidosos. Do lado
francês, um dos ataques mais badalados desta Copa, há Griezmann, Giroud e
Mbappé. E é de Mbappé, o jovem camisa 10 do time, que se espera uma jogada de
craque, uma lance que possa desequilibrar a partida.
Coração dividido
Uma curiosidade do confronto é que no banco de reservas da Bélgica
estará um dos grandes ídolos do futebol francês. Thierry Henry, campeão do
mundo em 1998 e finalista na Copa de 2006, faz parte da comissão de Roberto
Martinez como auxiliar técnico.
“É um pouco peculiar vê-lo com o time da Bélgica, mas esta é sua
carreira e ele está aprendendo para a futura carreira. Eu acho que seu coração
estará dividido [na hora do jogo] porque, antes de tudo, ele é e continua sendo
francês”, disse o goleiro Lloris, que jogou com Henry na seleção francesa por
duas temporadas.
França e Bélgica se enfrentam hoje (10), às 15h, em São Petersburgo. Quem
vencer garante vaga na final da Copa, no próximo dia 15.
De Brasília, Marcelo Brandão -
Repórter da Agência Brasil, em 10/07/2018, às 08h11



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