quinta-feira, 5 de julho de 2018

Edição Especial - Aniversário de Sobral

Parabéns, Sobral! Salve a Princesa do Norte, nos seus 245 anos de lutas e de glória
5 de julho de 2018. Acordei cedo e, olhando da janela do meu quarto, vi a aurora se impor à penumbra da noite e o arrebol rasgar a última cortina amarelo-cinza do amanhecer. E um lindo amanhecer a sorrir para uma Cidade Princesa, feliz, aniversariante, também radiante a sorrir para os seus súditos. Ah, minha cidade! Amanda cidade! Feliz Cidade!
Não me contive. Empurrei a indolência para um lado e passei a contemplar recantos belos desta nossa linda cidade, que o amanhecer torna ainda mais belos, quando iluminados pelos dourados raios de luz que demandam do nosso Astro-Rei. Quis, por um momento, poetizar, como se um poeta fosse. Imaginei cantar, declamar poesias qual um menestrel, que também não o sou. Escrever coisas belas, como fazem os bons autores, cronistas, historiógrafos, literatos. Sabendo, porém, que nada disso sou, deixo para os intelectuais e historiadores a tarefa de rememorar e descrever o rico passado da Vila Distinta e Real de Sobral (1773), Fidelíssima Cidade Januária do Acaraú (1841) e Heráldica Sobral (1842).
Nada obstante, sou humano, romântico, sentimental. E sendo assim, sinto, percebo e concebo que a nossa cidade sendo tão encantadora, possui belezas incomparáveis: suas paisagens físicas, seu patrimônio cultural material e imaterial, seu casario, seu aspecto urbanístico, seu ar aristocrático de uma elegância tal, que só ela tem, sua religiosidade, sua hospitalidade e capacidade de acolhimento, mostrando a todos que aqui chegam, para trabalhar, para estudar ou em busca de serviços de saúde e outros, que ela está sempre de braços aberto para recebê-los, seria impossível calar, mormente hoje, nesta data aniversária!
A cidade de Sobral é isto que nós vemos, o sol brilhando, o céu azul se tornando mais azul, o ar exalando o perfume da esperança, às vezes um friozinho gostoso pela manhã com as pessoas acordando cedo para o trabalho, deslocando-se pelas ruas e avenidas, hoje, já não muito seguras, mas os transeuntes seguem confiantes, caminham lado a lado ou enfileirados em seus transportes diversos, como, no caso, os trabalhadores e trabalhadoras das fábricas do complexo industrial Grendene e outros.
Já não sinto a estranha sensação da pobreza que me rodeava na infância e adolescência, quando a vida nesta amada cidade era mais difícil. Já vejo que os afortunados que concentravam a maior parte das riquezas locais, não são mais tantos assim, pois cederam lugar a outras pessoas que, com toda a força do seu trabalho e a grandeza das suas virtudes ofereceram oportunidades a todos os filhos da terra e aos que aqui chegaram, para morar, trabalhar e contribuir para o progresso local.
Hoje, Sobral cresceu, se expandiu, tomou ares de cidade grande. E em vários sentidos. Tornou-se polo regional na educação superior, referência no ensino básico, fundamental e médio, e preservou sua tradição de polo industrial e comercial em relação à região. Ultimamente virou capital regional, já que lidera um grupo de cidades periféricas da recém criada Região Metropolitana Norte. É a Grande Sobral, portanto! 
Todavia, similarmente a outros conglomerados humanos, a cidade tem também partes obscuras, como a proliferação das drogas, a criminalidade, a prostituição, a violência, enfim! O pior desse submundo é que muitos procuram esconder os males advindos dessa situação. Mas eles existem e estão ai fazendo vítimas todos os dias. Mas a cidade não tem culpa das atitudes dos personagens que nela habitam e que fazem o “teatro da vida”, no dia-a-dia da metrópole. Porém, se cada um tem inteira liberdade e responsabilidade de escolha de como viver, deverá ter também obrigações de saber construir o “bem viver” para si e para os outros.
Muitas vezes, ousamos querer que os problemas da cidade sejam resolvidos somente pelas autoridade e pelos outros. Mas, não. A cidade é nossa, de todos nós cidadãos, citadinos. Portanto, a todos compete obrigações de preservá-la e de contribuir para torná-la cada vez melhor.
A cidade é assim: calada, observando tudo ao longe e ao perto, vê com um olhar de tristeza, as depredações que vem sofrendo e a sujeira que pessoas sem escrúpulos e sem espírito de urbanidade lhe impõe. Para alguns parece não lhes convir se importar com os sentimentos daqueles que amam a urbe e lhes dedicam um grande respeito por tudo o que ela nos proporciona de bom em retribuição a nossa dedicação.
Por outro lado, há também aqueles que comprazem em depredar a coisa pública, em ruas, praças e logradouro. Felizmente, ao mesmo tempo, e em maioria, há aqueles que se comprazem em colaborar, alegrando-se em cuidar das praças com seus canteiros floridos com árvores verdejantes e bem cuidadas, dando um ar de beleza e encanto às ruas e avenidas da cidade!.
Todavia, apesar de todos os problemas, Sobral está ai, em todo amanhecer, a espera de que seus personagens apareçam como se fosse uma miragem, e comecem a se movimentar pelo lado positivo da vida dessa já imensa metrópole, que não dorme, que faz parte de nosso cotidiano e que ouve nossas reclamações em tudo. Que nos proporciona belas noitadas, onde tudo pode acontecer: alegrias em reuniões festivas, em locais de lazer, como restaurantes com músicas, comidas e bebidas nacionais e regionais, shows, cinemas teatros e museus, espalhando cultura, dando-lhes prazer e alegrias, onde podem pôr para fora todas os seus sentimentos, anseios e desejos.
É assim a nossa Sobral, nossa cidade, nossa Amanda Cidade. Acolhedora, festiva, alegre, mesmo que, com seus problemas. 
O certo é que, nós não conseguiremos viver sem ela, porque, longe ou perto que possamos estar, ela estará sempre em nossos corações.
E neste dia 5 de julho, data aniversária dos 245 anos de Sobral, qual uma criança, sinto eu uma vontade louca de correr, de voar, de saldar crianças, homens e mulheres, receber sorrisos afetuosos e gritar bem alto na movimentada e congestionada avenida dos festejos: Te amo muito Sobral, eu confio em você minha Princesa, apesar de tudo!
Parabéns Sobral! Ao sucesso, Princesa do Norte.
Por Herculano Costa, editor do Blog, em 05/07/2018

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