Dois
cineastas planejam levar para o cinema o resgate dos 13 tailandeses
Meninos presos em caverna na Tailândia são vistos em
frame de vídeo registrado por equipes
de resgate (Foto: Thai Navy Seal / Divulgação / via
Reuters)
Pelo menos dois filmes já estão sendo planejados para levar aos cinemas
a história do bem-sucedido resgate dos 12 adolescentes e seu treinador, que
permaneceram presos durante dias em uma profunda caverna na Tailândia.
Michael Scott, o CEO da produtora de filmes cristãos Pure Flix, publicou
um vídeo na última terça-feira (10), no Facebook, anunciando seus planos para
um filme sobre esta história.
"Estamos vendo realmente isso como um filme que poderia inspirar
milhões de pessoas em todo o mundo", disse Scott, perto da gruta na
Tailândia, país onde possui uma residência, pouco depois da conclusão dos
trabalhos de resgate.
"Não poderia estar mais emocionado. Esta história significou muito
para mim", completou em um vídeo, em que elogiou a coragem e o esforço
internacional empregado para salvar as vidas das 13 pessoas presas na caverna.
Contatado pelo site especializado "The Hollywood Reporter",
Scott falou que sua intenção não é fazer um filme cristão, mas sim
"inspirador".
"A coragem e o heroísmo que presenciamos, são incrivelmente
inspiradores. Portanto, sim, este é um filme para nós", afirmou Scott,
acrescentando que se reunirá em breve com possíveis roteiristas para um filme
que, segundo suas estimativas, teria em orçamento dentre US$ 30 milhões e US$
60 milhões.
Cineasta de 'G.I. Joe: retaliação'
No entanto, apenas um dia depois de conhecer as intenções de Scott e da
Pure Flix, Jon M. Chu, diretor americano de origem chinesa, afirmou na
quarta-feira (11), através do Twitter, que ele também quer levar ao cinema o resgate
na Tailândia para evitar que Hollywood se aproprie desta história.
"Eu me recuso a deixar Hollywood 'branquear' a história do resgate
na caverna de Tailândia!", disse Chu utilizando o termo
"whitewashing", que na indústria audiovisual se refere à criticada
prática onde atores ocidentais interpretam personagens que não são brancos.
O diretor de "G.I. Joe: retaliação" (2013) e "Truque de
mestre: O 2º Ato" (2016) estreará em meados de agosto "Podres de
ricos", uma comédia romântica da Warner Bros, apresentando um elenco
composto por atores de origem asiática.
"A lição maior que aprendi fazendo 'Podres de ricos' é que devemos
contar nossas histórias, especialmente as mais importantes, para que a história
não as confunda, é importante demais deixar os outros ditarem quem são os
verdadeiros heróis", completou o cineasta.
Por Agência EFE, com G1/Pop Art, em 12/07/2018 às 04h42



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